Topo

Bala na Cesta

Nunca na história desse país: NBB vê 5 gringos entre os 6 principais cestinhas - veja lista

Fábio Balassiano

04/04/2013 00h30

O NBB5 se aproxima do final de sua temporada regular e a briga pelas primeiras posições chama bastante atenção. Não tanto pela última dos playoffs (Limeira deve conseguir ficar com a décima-segunda), mas sim pelo que São José, Franca, Pinheiros, Bauru e Uberlândia farão para conseguir ficar entre os quatro, folgando assim na primeira rodada do mata-mata. Nesta quinta-feira, aliás, Uberlândia e Pinheiros se enfrentam no Triângulo Mineiro em confronto direto por vaga no G4, vale a pena ficar de olho.

Mas não foi isso que mais me chamou a atenção quando entrei no site da Liga Nacional na noite de ontem, não. Fui dar uma olhada nas estatísticas dos atletas, e lá verifiquei que entre os seis maiores cestinhas cinco são estrangeiros. Sim, isso mesmo.

Tirando Marquinhos, o líder com 20,9, os cinco que vêm logo depois são norte-americanos (veja tabela abaixo). Como diria aquele famoso presidente, nunca antes na história do NBB a concentração de gringos entre os cestinhas foi tão grande (na verdade, no NBB3 e NBB4 houve dois não brasileiros entre os seis que mais pontuaram – o máximo que foi verificado até a presente temporada).

Alguns pontos interessantes:
1) Shamell, ala atualmente no Pinheiros, está na lista dos seis maiores cestinhas do NBB em quatro das cinco edições da competição.
2) Na lista dos dez maiores cestinhas ainda aparece o ala Beal, do Minas, com 17,5 na nona colocação. Completam os 10+ Jefferson Willian (17,9), Nezinho (17,8) e Giovannoni (17,3). Caleb Brown, armador do Palmeiras, está logo atrás, com 16,9 na décima-segunda colocação.
3) Dos 20 primeiros cestinhas do NBB, os brasileiros mais novos são Jefferson Campos, de Suzano (22 anos e 15,3 pontos), e Betinho (o ala do Minas tem 24 anos e 17,1 pontos por partida). Dá pra entender o que está acontecendo, não? Clubes preferem contratar estrangeiros com ótima formação de fundamentos a trabalhar os mais jovens.
4) A principal competição nacional de basquete, aliás, nunca viu um estrangeiro ser o maior cestinha da competição, algo que pode acontecer caso Desmond Holloway, o vice-líder (20,6), aumente um pouquinho suas médias até o final do campeonato.

E aí, leitor, acha isso normal? Alguma explicação para isso? Comente!

Sobre o blog

Por aqui você verá a análise crítica sobre tudo o que acontece no basquete mundial (NBB, NBA, seleções, Euroliga e feminino), entrevistas, vídeos, bate-papo e muito mais.