Topo

Bala na Cesta

Protagonistas na seleção Sub19 de 2007, Paulão e Neto se reencontram em Brasília x Flamengo

Fábio Balassiano

21/02/2013 11h10

Não parece, mas já faz quase seis anos que Paulão Prestes assombrou o planeta basquete naquele Mundial Sub19 da Sérvia. O pivô de Monte Aprazível (SP), que completou 25 anos no último dia 15, terminou com 23 pontos, 14,7 rebotes e 58,5% de aproveitamento nos tiros de dois pontos na competição em que a seleção brasileira obteve o quarto lugar, a melhor posição de um time nacional de base masculino nos últimos 15 anos.

Não sei se todo mundo lembra, mas o treinador daquele time era José Neto, hoje no Flamengo e um dos caras que mais inspiraram e ajudaram Paulão, que depois daquela competição rumou para a Espanha.

O pivô ainda foi escolhido pelo Minnesota no Draft da NBA, mas acabou não vingando nos EUA e nem no velho continente nos últimos anos e acabou voltando ao Brasil para recobrar a velha forma. No atual NBB, o camisa 16 de Brasília, que estreou em 10 de janeiro contra o Pinheiros, tem as médias respeitáveis de 12,2 pontos e sete rebotes em mais de 23 minutos por partida.

E nesta noite de 21 de fevereiro de 2013 haverá o reencontro de criador e criatura, Neto e Paulão pela primeira vez em um torneio nacional de clubes desde a primorosa campanha do Brasil naquele Mundial da Sérvia (Mundial que, é bom que se diga, também revelou Betinho, hoje jogando no Minas).

Falei, através da assessoria do Brasília (a quem agradeço aqui publicamente pela ajuda e esforço), com Paulão na tarde de ontem por e-mail sobre a relação com Neto, o seu começo em Brasília e sobre a possibilidade de os dois times, Brasília e Flamengo, se encontrarem na final. Tentei contato com José Neto, mas infelizmente não foi possível (nem tudo caminha como a gente espera, mesmo agindo com antecedência). Confira o papo.

BALA NA CESTA: Daquele Mundial da Sérvia de 2007 em que o Brasil chegou na quarta colocação, o que você mais lembra da competição e do seu convívio com o Neto?
PAULÃO PRESTES: Me lembro bem do bom clima que o time tinha. Tínhamos um grupo fechado, que se relacionava bem e isso foi algo que refletiu na quadra para conseguirmos alcançar um bom resultado.

BNC: Muita coisa se passou depois daquele Mundial. Você foi pra Europa, teve uma chance na Summer League da NBA e agora chegou ao NBB. Dá a sensação de que o tempo passou rápido demais?
PP: Na época daquele Mundial eu já atuava na Europa. Acredito que a escolha no Draft da NBA foi fruto das boas atuações que eu vinha tendo. Agora, estou de volta ao Brasil. Com certeza, foram seis anos que passaram voando.

BNC: Você e Neto ainda mantêm contato, ou ficou apenas restrito àquela competição? Você se lembra de alguma passagem interessante com ele, algum caso, algum ensinamento que possa compartilhar?
PP: O Neto está sempre por perto na seleção adulta. Além de ser um grande técnico, é uma excelente pessoa. Até hoje mantenho uma boa amizade com ele.

BNC:Por fim, uma pergunta bem fácil: Brasília e Flamengo se enfrentam nesta quinta-feira e voltarão a duelar na final do NBB? É por aí mesmo?
PP: O NBB é um campeonato onde sempre acontecem surpresas. A final ainda está muito longe, mas, sem dúvidas, tanto UniCEUB/BRB/Brasília, quanto Flamengo, serão equipes que estarão brigando pelo título.

Será, sem dúvida, um reencontro bacana de se ver logo mais. Do alto de seus 2,10m, Paulão verá o Neto com quem teve as melhores atuações pela seleção brasileira. E Neto, o jogador que fez com que um time dirigido por ele com a camisa amarela tivesse o melhor desempenho desde que passou a integrar as comissões técnicas da equipe nacional.

Mais um ingrediente pro jogão das 21h desta quinta-feira, não?

Sobre o blog

Por aqui você verá a análise crítica sobre tudo o que acontece no basquete mundial (NBB, NBA, seleções, Euroliga e feminino), entrevistas, vídeos, bate-papo e muito mais.