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Bala na Cesta

Com duas boas vitórias e elenco mais experiente, Paulistano começa bem no NBB5

Fábio Balassiano

27/11/2012 15h30

Rodada bem interessante a de ontem pelo NBB5. O Vila Velha conseguiu a sua primeira vitória ao bater o Tijuca por 58-56 (jogo feio, como se percebe pelo placar), Franca também obteve seu primeiro triunfo ao bater o Basquete Cearense por 90-68 (15+10 de Lucas Mariano e 15+3+3 de Leo Meindl) e Bauru, no jogo que marcou os dois mil pontos de Fernando Fischer na competição, bateu Mogi das Cruzes, que teve duplo-duplo de Baby (15+14), fora de casa por 80-73 na prorrogação para vencer seu segundo jogo na competição.

Mas o jogo que mais chamou a atenção foi entre Paulistano e Joiville. Não tanto pela vitória por 95-71 (forçou 22 erros do rival e fez 56-27 no primeiro tempo – uau!), em casa, do time da capital paulista, mas sim pelo desempenho apresentado nestas primeiras duas rodadas.

Depois de vencer Limeira, a quem já havia eliminado no estadual por 3-1 nas quartas-de-final, por 86-82 no sábado com 20 assistências em 32 arremessos convertidos, hoje foram 23 passes em 32 chutes certos (ótimos índices, sem dúvida alguma). Fala muito sobre a concepção de jogo que Gustavo de Conti, o técnico da foto, gosta e muito sobre o entendimento dos atletas da filosofia do treinador.

O Paulistano não é mais aquela equipe jovem que entra no campeonato pra ganhar experiência. Contratou Manteguinha, Toyloy e Wagner, e tem um elenco cuja média de idade supera os 26 anos (talvez por isso tenha errado apenas 14 e 13 vezes nas duas primeiras partidas – números baixos). Não é um time novo, um time cru, e a expectativa é que o nível de resultados aumente, creça. Se não for pedir muito, que o conceito de passes se mantenha, e que o volume nas bolas de três pontos diminua um pouco (em partida fácil como a de ontem o time de SP errou 14 de seus 21 tiros longos).

É a hora da afirmação para Gustavo, o técnico, e para o clube. Ficar entre os quatro primeiros pode parecer muito, mas é, ao menos pra mim, sonho possível para qualquer equipe que conseguir jogar um basquete organizado por aqui. E o Paulistano tem ao menos tentado isso nos últimos anos. Nem sempre consegue, é verdade, mas o time tenta e isso merece ser louvado.

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