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Bala na Cesta

Grego e Carlos Nunes falam sobre a eleição para a CBB em 2013 - pobre basquete brasileiro

Fábio Balassiano

10/10/2012 00h28

"Após praticamente 3,5 anos fora do dia a dia da CBB, tive a oportunidade de refletir e repensar tudo que aconteceu nos últimos anos da minha gestão e da atual. (…) O lema da futura gestão é REFLEXÃO, MODERNIZAÇÃO e TRANSPARÊNCIA. (…). Com o apoio dos Presidentes, das Federações Estaduais, grupos empresariais, e pessoas de notoriedade dentro do nosso esporte, formamos uma equipe forte que nos levará ao sucesso no próximo pleito da CBB em MARÇO 2013", Grego

"Minha expectativa é de uma eleição tranquila. São 27 eleitores [correspondentes às Federações Estaduais]. Tenho trabalho em todos os Estados e boa aceitação. (…) Nosso orçamento foi de R$ 22 milhões, parte deles incentivados [a Lei de Incentivo ao Esporte trabalha com dedução de impostos]. É da Eletrobrás, da Lei Piva, via COB [Comitê Olímpico Brasileiro], Bradesco, Nike. No caso da Nike, depende da participação em eventos. Mas fazer os Campeonatos Brasileiros não é pouco. Entramos com viagens e hospedagens de 150 pessoas. (…) Respeito a oposição democrática. É um direito que o outro tem. Mas minha expectativa é pela reeleição", Carlos Nunes

As declarações acima são de Grego e Carlos Nunes, e estão no R7, portal de notícias da Rede Record. O site entrevistou os dois candidatos a eleição da Confederação Brasileira em 2013 e mostraram aquilo que já conhecemos: poucas ideias, muita bravata e fatos que só quem vê são os próprios dirigentes (tipo a evolução da modalidade no país nos últimos 15, 20 anos).

Para se ter uma ideia, Grego, "antenado" como sempre, chama a Liga de Basquete Feminino, a LBF, de LNB Feminino (isso que ele exigiu que a entrevista fosse por email), e Carlos Nunes diz que o Brasil brigará pelo ouro na Olimpíada de 2016 na competição masculina (Nunes ainda fala sobre a nonagésima possibilidade de uma cidade querer abrigar o Centro de Treinamento da Confederação…).

Pobre basquete brasileiro que tem dois candidatos desta competência (ou falta dela) para a eleição de um dos períodos mais importantes do esporte nos últimos tempos (com Olimpíada, lembremos). Não pintou terceira via, não pintaram ideias novas, os atletas se calaram (nenhuma surpresa) e assim vivemos.

É o mesmo modelo de gestão (e pensamento) dos últimos 30 anos. Dá pra ser feliz assim, amigo leitor? Comente na caixinha!

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