Em partida horrível, Brasil joga mal, sofre demais, mas vence a Grã-Bretanha
Era um jogo para o Brasil fazer três coisas: 1) vencer sem sofrer muito; 2) corrigir as erros da partida de estreia; e 3) dar ritmo de jogo a atletas importantes. Mas o que se viu, na prática, foi bem diferente.
Depois de um primeiro quarto assustador, em que marcou quatro pontos (sim, quatro pontos – chutou 2/20 – , índice que flertou com os três que a Austrália conseguiu contra a Grécia no último período das Olímpiadas de 2004!), o Brasil até que se recuperou nos dez minutos seguintes (23-16), mas seguiu sofrendo na segunda etapa. Venceu, sim, a Grã-Bretanha, um time fraco, bem fraco, por 67-62 (foi a segunda pior marca de um ataque vencedor nos Jogos, só atrás dos 60 da Nigéria na rodada inicial), alcançou a segunda vitória na Olimpíada de Londres, mas apresentou um nível tenebroso, horrível, cheio dos velhos vícios que tanto marcaram o basquete nacional na última década.
Na quinta-feira, às 12h45, o Brasil enfrenta a Rússia, e é bom evoluir muito para enfrentar um time muito, muito bom. Insisto: a seleção brasileira luta por medalha, e precisa mostrar um basquete mais condizente com o objetivo que almeja na Olimpíada de Londres. Hoje foram 3/22 de três pontos (não há muitas jogadas com os pivôs, e isso é irritante demais), uma falta de concentração absurda no começo da partida, leseira para começar as jogadas de ataque e 12 rebotes ofensivos permitidos a um time bem fraco, fraquinho.
Acho que o Brasil jogará bem contra equipes melhores, mas é preciso mostrar um pouco mais de basquete antes de passar às quartas-de-final. Por enquanto, o que vimos é bem preocupante, embora, digamos, as duas vitórias vieram.
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