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Bala na Cesta

Pós-cesta milagrosa, Huertas tenta guiar Barça a nova vitória e evita falar sobre jogar na NBA

Fábio Balassiano

08/06/2012 11h31

Neste momento, você, estimado leitor, já deve estar sabendo que Marcelinho Huertas é o nome mais falado na Catalunha por causa de sua cesta decisiva de quarta-feira contra o Real Madrid no jogo 1 da final da Liga ACB Espanhola (se não viu, clique aqui). Pois bem, a comemoração já deve ter terminado, porque nesta sexta-feira há o segundo duelo da série (17h de Brasília, com transmissão do Bandsports). Vencer, para o Barça, é fundamental se quiser manter o título em sua casa.

Mas como o nome da vez é Marcelinho Huertas, eu já sabia o que aconteceria depois da bola magnífica que ele fez na quarta-feira. Muita gente me perguntou sobre uma eventual ida do armador do Barcelona para a NBA. Vamos ao que ele, Huertas, acha. Entrevistei o jogador quando estive na Espanha, e ele me disse o seguinte (a entrevista completa vem depois):

"Cara, de verdade eu não penso nisso, não. Tenho mais três anos de contrato com o Barcelona, estou muito, muito feliz em jogar aqui, morar nessa cidade, e não posso ficar sonhando com algo que não depende só de mim. Se um dia pintar um convite, eu sento, penso, analiso e tomo uma decisão. Não posso é ficar aqui, jogando em um grande clube, pensando em atuar na NBA. E tem mais. Teve tanta gente que saiu da Europa como MVP de tudo, foi lá e não jogou. Sair de um time como o Barcelona para ficar esquentando o banco não faz o menor sentido. O melhor exemplo disso é o Šarūnas Jasikevičius, ídolo lituano que foi pro Indiana, ficou no banco, foi trocado pro Golden State e jogava poucos minutos. Será que vale passar por isso tudo?".

E eu concordo inteiramente com Huertas, que, é bom lembrar, não tem feito uma temporada brilhante no Barcelona, não. Sua bola final na quarta-feira veio após cinco arremessos errados e menos de 20 minutos de partida (ou seja, ele ficou mais no banco de reservas do que em quadra). Seu talento é inquestionável e Xavi Pascual é uma mala, prende e comanda o jogo todo do banco de reservas (vejam como Ricky Rubio voltou a jogar basquete…), mas eu assino embaixo de tudo o que ele falou. Jogar na NBA só para colocar na testa um "passei por lá" não faz o menor sentido, o menor mesmo. E lembremos: ele já não é mais nenhum garotinho novo (tem 29 anos).

E você, o que acha? Huertas teria espaço na NBA? É hora de ele seguir para a liga norte-americana? Comente na caixinha!

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