Sobre o fenômeno Jeremy Lin e o exagero que cerca seu nome
Estava muito claro que a direção da NBA procurava uma brecha para incluir Jeremy Lin (não preciso explicar quem é essa fera, certo?). E assim foi feito na sexta-feira, quando a liga anunciou que Lin jogará o desafio entre calouros e jogadores de segundo ano embora, na primeira lista divulgada semana passada, seu nome não constasse. Sim, foi cancetada das grandes.
É óbvio que o armador do New York Knicks tem feito um bocado de coisa, sua história é linda, impressionante e emocionante, e depois de tudo o que aconteceu no locaute a NBA precisaria limpar a sua barra com torcedores/imprensa/comunidades, e a figura de Lin vem para não só para trazer uma situação nova, e boa, para a liga, mas principalmente uma renovada possibilidade de entrada da marca NBA no mercado asiático (que estava morno pós-aposentadoria de Yao Ming).
Mas, com todo o respeito, acho que está havendo um grande exagero nisso tudo. Para se ter uma ideia do tamanho da loucura, o site da NBA coloca Lin em uma possível disputa de MVP da temporada. Sim, amigos, MVP – o melhor jogador do certame. Alguns, um pouco mais comedidos, citam o norte-americano como grande candidato a vencer o prêmio de maior evolução da temporada, esquecendo, por exemplo, do monstro que Greg Monroe, do Detroit Pistons, se transformou de uma temporada para cá e de como Ryan Anderson, do Orlando, passou a jogar.
Entendo, e até aceito, que em um momento em que as mídias sociais pulsam bizarramente e que o noticiário esteja praticamente dominado por ele, o nome de Jeremy Lin ganhe força e domine o mundo do basquete com toda força (e eu até gosto, pois, de novo, eu acho uma baita história!). O que não consigo compreender, no entanto, é que análises racionais sejam substituídas tranquilamente por devaneios momentâneos de alguém que ainda não completou dez jogos como titular da NBA (eu disse dez!).
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