Calendário aperta, e qualidade dos jogos cai na NBA
Por uma dessas coincidências, acabei vendo mais jogos da NBA do que minhas "férias" supunham. Onde estava havia o famoso canal 130 da Sky, e consegui ver algumas pelejas entre os dias 30 e 1º de janeiro – sem gostar muito. E a razão mais clara é: o calendário é assustador, e por mais que os atletas da liga queiram, o corpo não aguenta a batida.
É bom lembrar que são 66 jogos em 120 dias, que não houve pré-temporada decente e que o número de amistosos foi reduzido. É claro, algumas aberrações já estão acontecendo. Um bom exemplo é com o Los Angeles Lakers. Já jogou seis vezes (3-3) desde o dia 25 de dezembro (ou seja, 6 em 8), e a maior estrela da companhia tem sentido o ritmo.
Kobe Bryant tem o aproveitamento de 40,2% nos tiros de quadra, de baixíssimos 19,2% nos três pontos e 4,7 erros por noite nesta temporada. Não preciso nem dizer que são os piores índices do camisa 24 em toda a sua carreira, preciso? Para piorar as coisas, nas duas últimas partidas, ambas contra o Denver, o que se viu foi um show de horror: Kobe chutou 12/46 (sim, 26,1%), errou dez vezes e teve, neste domingo, uma das piores atuações de sua carreira.
Fica a pergunta: a culpa é totalmente dele? Não, não creio, de verdade. Acho que nenhum ser humano duvida da capacidade técnica de Kobe Bryant, e seu desempenho é reflexo de um calendário que privilegiou a quantidade em detrimento da qualidade. É óbvio, os donos das franquias precisavam de dinheiro, e encher seus ginásios é uma forma de compensar as perdas da última temporada e dos 16 jogos que não haverá nesta temporada.
Eu, do meu canto, só acho que isso tudo deveria ter sido melhor dimensionado. O calendário espremido (veja aqui um bom reflexo de como dias jogando seguidamente impacta nos resultados esportivos) aumenta a emoção, é verdade, porque torna as partidas totalmente imprevisíveis. Mas não dá pra falar em muita qualidade até aqui. Está um perde-e-ganha de fazer inveja aos melhores tempos do Brasileirão. Que pena!
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