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Bala na Cesta

Depois das declarações de Ênio Vecchi, a dúvida: quando Carlos Nunes se pronunciará?

Fábio Balassiano

28/12/2011 11h30

Das declarações de Ênio Vecchi ao diário Lance! desta quarta-feira, uma delas me chamou a atenção: "O Carlos Nunes tem postura de presidente, procura não intervir no trabalho do técnico. Após o Pan, ele me disse: 'Estamos juntos'. Mas, depois disso, não falou nada mais. O presidente da CBB tinha a obrigação de estar conversando. Ele poderia ter me chamado para falar, mas em nenhum momento teve esta conduta e postura. Também acho que o presidente tem de cobrar a Hortência e assumir uma postura mais firme".

De verdade, não surpreende em nada, mas choca, choca bastante. Carlos Nunes não é má pessoa, mas como presidente da entidade máxima do basquete brasileiro é de uma omissão incrível. Deixar que em sua gestão a diretora do basquete feminino troque três vezes de técnico em três anos beira o ridículo (nunca antes na história da CBB isso ocorreu – nunca!). Será que Nunes não ousou sequer contestar Hortência, após mais uma decisão contestável e polêmica?

Não tenho, tampouco, nada contra Hortência, mas acho absurdo que suas decisões não sejam razoavelmente argumentadas por quem de direito. Pedir isso do coordenador de seleções, André Alves, pode ser até demais, embora o cargo lhe dê poder para isso, mas do presidente da Confederação, não. É o mínimo que se espera de quem exerce o cargo mais importante do basquete deste país, não?

Trabalho em empresa, e não gosto de chefes (gestores) centralizadores e que não ouvem seus funcionários. Isso é uma coisa. Outra, completamente diferente, é comandante que não decide, que não toma as rédeas das situações mais difíceis.

Para ser um bom líder é preciso saber delegar e saber decidir. Talvez um dia Carlos Nunes aprenda.

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