Pensando no futuro, Argentina dá exemplo com criação da terceira divisão
Começou ontem, na Argentina, o Torneo Federal com 21 partidas realizadas (aqui o site). Dito assim, não parece muita coisa. Mas é, é sim.
Depois da LNB local (Liga Nacional de Baloncesto, que tem 16 equipes) e da TNA (a segunda divisão que conta com 21 clubes), nesta sexta-feira foi a vez de começar a terceira divisão platense, campeonato organizado pela Confederação Argentina (foi lançado durante o Pré-Olímpico de Mar del Plata) que conta com 55 times (isso mesmo, 55!) de 42 cidades e 22 províncias diferentes.
Conversei ontem, pelo twitter e por email, com Pablo Tosal, jornalista argentino. Disse-me, com muita propriedade, que a criação do Torneo Federal "é a base pirâmide de um basquete que precisa voltar a revelar jogadores. E a melhor novidade é que o torneio tem, em sua maioria, meninos Sub19 atuando. Eles ganham espaço no Federal, depois sobem para a TNA e, em seguida, para a LNB". Foram criadas nove sub-divisões, e dessas sairão os classificados para a disputa do playoff nacional de acesso para a segunda divisão (TNA).
Pelo que li nos sites, a ideia foi muito bem recebida pelos clubes, imprensa e atletas, que terão mais espaço para atuar (se formos somar os clubes em atividade nas três principais divisões, são 92 agremiações fazendo e tentando melhorar o basquete argentino. O Brasil tem a sua Liga Nacional, que está funcionando bem e evoluindo a cada dia, mas acho que a base da pirâmidade, para citar a expressão do Pablo aqui em cima, precisa melhorar muito, muito mesmo.
Em um país que tem 40 milhões de habitantes, ter 92 agremiações de portas abertas para o basquete não está ruim. Por aqui, com mais de 200 milhões de habitantes, temos muito menos atuando durante toda a temporada e em torneios nacionais. Fica a esperança de uma mudança rápida.
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