O prêmio de Vitor Benite e a reformulação do Flamengo
Fábio Balassiano
04/08/2015 13h00
Ainda não se sabe ao certo o destino de Benite, mas cogita-se que o espanhol Murcia (clube de Augusto Lima e ex-agremiação de Raulzinho) seja o favorito a contratar o brasileiro, com o francês Limoges (ex-time de JP Batista) correndo por fora na negociação. Nos próximos dias o atleta deve divulgar tudo, mas por enquanto vale analisar a situação de duas formas.
O ala-armador, hoje com 25 anos, recuperou-se, foi peça fundamental do time no título mundial (marcando o norte-americano Jeremy Pargo na final contra o Maccabi Tel-Aviv) e terminou a temporada passada como um dos melhores jogadores da equipe campeã do NBB. Veio o Pan, o rendimento melhorou ainda mais e ficou claro que Benite chamaria a atenção do basquete europeu. Ser contratado por uma boa equipe (como é o caso do Murcia, seu provável destino) é um prêmio pela sua recuperação, pelo seu (alto) nível de exigência e também pela evolução acelerada dele nos últimos anos. O basquete do velho mundo é melhor que o brasileiro, e não há mal em um jogador muito bom (e jovem) querer testar novos cenários. É assim no futebol também e enquanto o panorama de forças não mudar o Brasil perderá sempre seus melhores valores. Faz parte do negócio.
Para o rubro-negro é hora de se reinventar. Se reinventar com Rafael Luz, Marquinhos, Gegê, Marcelinho, JP Batista, Olivinha e Jerome Meyinsse. A base está lá, formada e fortíssima. Agora é hora de, para manter o alto nível, reforços pontuais chegarem. Não é o cenário ideal, mas o Flamengo acaba "pagando" pelo bom trabalho que tem feito nos últimos anos.
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