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Bala na Cesta

Como o MVP tem causado gigantesco impacto econômico na NBA

Fábio Balassiano

22/07/2019 05h06

MVP da última temporada da NBA, o grego Giannis Antetokounmpo tem causado impacto muito além das quadras, muito além de suas médias excepcionais de 27,7 pontos, 12,5 rebotes e 5,9 assistências. Que o diga a economia da cidade de Milwaukee, onde ele joga pelo Bucks desde 2013/2014 e considerado pela liga um mercado não tão gigante (600 mil pessoas moram na maior cidade do Estado de Wisconsin).

Sua camisa foi a terceira mais vendida na temporada passada, atrás apenas de LeBron James (Lakers) e Steph Curry (Warriors), o que significa que não apenas em Milwaukee mas em todo o mundo as pessoas estão vestindo sua camisa número 34 do Bucks.

Durante os recentes playoffs da NBA, Dustin Godsey, diretor de marketing da franquia, disse ao Milwaukee Business Journal que quase 75% dos seguidores do Facebook do Bucks são de fora dos EUA. No Twitter, cerca de metade dos seguidores são internacionais. O motivo disso é, claro, o sucesso de Giannis Antetokounmpo. Nos jogos televisionados, 32% de crescimento na audiência geral e mais de 48% nas televisões locais de Milwaukee.

Na Fiserv Forum, um reflexo do sucesso de Giannis veio na venda de ingressos. Se em 2017/2018 a equipe tinha uma taxa de ocupação de apenas 89%, baixo pros padrões da NBA, em 2018/2019, com o grego avassalador e as chances de ganhar o título pela primeira vez em 40 anos, o percentual foi de incríveis 102%. Deste público, mais de 30% veio de fora do Estado de Wisconsin (os gregos, obviamente, dominam os compradores de ingressos internacionais).

O time não só vendeu todos os seus 17 mil ingressos sentados em 36 das 41 partidas da fase regular em casa, colocando mais de 721 mil pessoas no ginásio, mas também fez algo comum nas arenas com muita procura por ingresso: vendeu lugares "em pé" apenas para os restaurantes (por isso os mais de 100% na ocupação). Os torcedores, assim, consomem na praça de alimentação e ainda conseguem ver as partidas do Bucks. O resultado disso, obviamente, é que o Milwaukee nunca vendeu tantos produtos licenciados em sua história, batendo recorde de receita e também de margem.

Ídolo local, Antetokounmpo tem aproveitado para, ele também, faturas uma bola fora das quadras. Ele tinha propostas de inúmeros bancos, mas optou por fechar contrato de uso de imagem com o BMO Harris, que emprega 3.000 pessoas na área de Milwaukee (um dos maiores empregadores da região). Em escala nacional, uma das marcas globais associadas é a T-Mobile (telecomunicações). Recém-lançado na Grécia, o seu novo tênis Nike Air Zoom Freak 1 já é sucesso de vendas em Milwaukee e também na Europa.

Como se vê, o impacto de Giannis Antetokounmpo tem sido visto também fora de quadra.

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