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Bala na Cesta

Quem são e quais as chances dos brasileiros que podem entrar na NBA nesta quinta-feira?

Fábio Balassiano

22/06/2017 06h00

A noite anual que pode mudar os destinos de um time na NBA acontece nesta quinta-feira no Brooklyn. A partir das 21h (ESPN exibe) o Draft colocará os 60 jovens mais promissores do mundo nas 30 franquias da melhor liga de basquete do planeta. A primeira posição, que era do Boston mas que passou para o Sixers, tem tudo pra ser do armador Markelle Fultz. A segunda, do Los Angeles Lakers, deve mesmo ser Lonzo Ball, armador cujo pai é uma mistura verborrágica de Tulio Maravilha e Romário.

E há três brasileiros querendo uma vaguinha no melhor basquete do mundo. Quem são eles? Eles têm chances? Vamos lá:

1) Georginho -> Entrevistado aqui em abril deste ano, o armador que foi vice-campeão do NBB com o Paulistano no sábado passado tem 21 anos, 1,96m, as médias de 10,8 pontos, 4,2 rebotes e 4,1 assistências nesta temporada, e encanta tanto pelo potencial físico absurdo que possui quanto pelo espaço para crescimento que ainda há em seu jogo (sobretudo nos arremessos de longa distância).

Comparado a Russell Westbrook por muitos olheiros devido a sua envergadura, pela marcação e também pela ferocidade com que ataca o aro, muita gente pensou que ele retiraria o seu nome do Draft deste ano na data-limite, prática comum para quem, como ele, ainda tem mais um ano para ser selecionado (algo que poderia ocorrer com George em 2018). Como manteve, é bem possível que seus agentes tenham recebido indicações de que é, sim, possível que ele seja selecionado já em 2017. Um bom palpite é que no final da segunda rodada seu nome possa aparecer. Times como Bucks, Nuggets e Jazz são alguns que podem se interessar pelo brasileiro.

2) Lucas Dias -> Também ala do Paulistano, Lucas teve uma lesão chata este ano durante a temporada regular e outra no jogo 4 das finais contra Bauru (tornozelo). Fechou a temporada com 12,5 pontos de média, mas teve crescimento assustador nos playoffs, quando guiou o seu time rumo às finais. Tem 21 anos (completará 22 no próximo mês), e sua elegibilidade é automática devido a idade.

Caso tivesse tido uma temporada regular, sem lesões e números mais consistentes poderia conseguir uma escolha de segunda rodada, algo que parece bem complicado neste momento. É mais provável que ele seja chamado para algum time que atue na Liga de Verão, caminho feito recentemente por exemplo por Cristiano Felício, que despertou interesse e assinou com o Chicago Bulls duas temporadas atrás. Os norte-americanos que o viram jogar destacam a sua capacidade para arremessar de longe, mas ao mesmo tempo se preocupam com sua falta de força defensiva.

3) Mogi -> Também ala do Paulistano, o ala da cidade do interior de São Paulo de Mogi Guaçu (por isso seu apelido) não teve um comportamento que reputo como o mais bonito do mundo, pois abandonou o seu time no final dos playoffs para ir treinar nos Estados Unidos. Campeão do Torneio de Enterradas do Jogo das Estrelas do NBB em 2016, Mogi tem uma capacidade atlética incrível, salta muito e possui muita coragem para atacar a cesta, mas aos 20 anos e com 1,96m ele só conseguiu 4,6 pontos de média nessa temporada.

Os norte-americanos que o viram recentemente admiram a sua coragem e a forma como ele não teme nenhuma situação dos jogos, mas também afirmam que Mogi é um atleta ainda muito cru. A não ser que tenha recebido alguma "promessa" que será escolhido na segunda rodada, seu nome nesta classe do Draft ter sido mantido é uma surpresa imensa. Entra como azarão grande nesta quinta-feira.

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