Quinta-feira, 26 de janeiro, o caótico dia pra quem gosta de basquete no Brasil
Se liga só em como foi a quinta-feira, 26 de janeiro de 2017, pra quem gosta de basquete no Brasil. Sente o drama e acompanha tudo comigo.
A menos de 72h do maior jogo do NBB na temporada, o Vasco x Flamengo que já foi adiado anteriormente, a Liga Nacional de Basquete, organizadora do campeonato, comunicou via Nota Oficial que a partida será realizada… com portões fechados. Não com as duas torcidas, nem com torcida única, mas sim sem um mísero torcedor no ginásio (a Rio Arena, a antiga HSBC Arena). Reforçando: era o evento considerado o MÁXIMO da fase regular da competição para a turma da LNB e que será (perdão pelo termo) decepcionante devido a uma lamentável atitude da Polícia do Rio de Janeiro, que não garante segurança alguma e que avisa aos clubes e a Liga horas antes da partida acontecer (notadamente na terça-feira passada). Mundo bizarro, não? O UOL explica mais profundamente a situação. Só uma perguntinha importante: como pode o GEPE e a Polícia Militar não garantirem a segurança de um evento com 4, 5 mil pessoas, número de entradas que o Vasco venderia? Estranho isso, não acham?
Acham que acabou? Não, não, não. Em matéria publicada em primeiríssima mão o UOL informou que a FIBA convocou todas as partes envolvidas no basquete brasileiro (LNB, CBB, os dois candidatos a presidência da Confederação etc.) para discutir a situação e esclarecer o que acontecerá com a modalidade por aqui após a suspensão que termina em 28 de janeiro (o famoso amanhã). O encontro será na Suíça em 3 de fevereiro na sede da entidade máxima do basquete no planeta.
Sinceramente não consigo entender o que está acontecendo nesta relação pouco ortodoxa de FIBA e CBB, mas aparentemente alguma coisa deu errado na tentativa de intervenção da Federação Internacional e que envolveria Ministério do Esporte e Comitê Olímpico Brasileiro.
Aqui não é informação, mas sim uma análise de cenário de quem, como eu, ouviu muita gente nas últimas 24 horas para entender melhor o tema. E me explico. Caso a FIBA tivesse uma solução para o caso envolvendo a CBB, onde realmente está o problema, sabemos bem, ela já teria informado às partes sobre os próximos passos e tudo mais. Como (aparentemente) não tem, e muito provavelmente Ministério e COB saíram do barco, coube a ela em um último recurso chamar os envolvidos no esporte da bola laranja no país para tentar encontrar uma solução no meio do caminho. Creio, inclusive, que a FIBA não tenha muita noção do que deva ser feito, chamando os envolvidos para informar do ocorrido e meio que, em português claro, lavar as suas mãos. Trevas total. O que está por vir? Não tenho ideia, mas tenho medo absurdo do pior – como sempre acontece quando o assunto envolve a Confederação.
Espero, do fundo da minha alma, que aquele famoso trecho introdutório e/ou conclusivo de alguns textos meus, quando coloco o já conhecido "mais um dia triste para o basquete brasileiro" não seja mais escrito por aqui, mas com tanta notícia ruim fica difícil acreditar no contrário. É uma pena, é uma tristeza absoluta dizer isso, mas é a mais pura realidade. Alguns trabalham, e bem, como é o caso da Liga Nacional, mas há tanta força jogando contra que ser otimista e pensar que as coisas irão melhorar por aqui é um verdadeiro devaneio.
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