O mérito de Bauru, de novo na final do NBB

Quando Ricardo Fischer caiu no ginásio da Venezuela e foi diagnosticado com lesão no ligamento cruzado anterior do joelho muita gente pensou que ficaria quase impossível para Bauru ganhar a própria Liga das Américas e também de chegar novamente à decisão do NBB.

O tempo passou, Ricardo operou, vai se recuperando bem, e Bauru conseguiu ganhar sobrevida mesmo sem seu armador titular – e um dos melhores jogadores do país -, disputou de igual pra igual a final da Liga das Américas (perdeu no final) e nesta semana se classificou para a decisão do NBB pela segunda vez seguida ao bater Brasília na semifinal por inapeláveis e incontestáveis 3-0.

Mérito do técnico Demétrius, que conseguiu fazer o seu time desacelerar um pouco o ritmo no ataque e defender ainda mais, do novo titular Paulinho (foto) na armação (médias de 14,9 pontos, 5 assistências e 66% de aproveitamento nos tiros de dois pontos na pós-temporada), de Jefferson Willian (17 pontos de média no playoff) e de um cidadão chamado Alex Garcia (16 pontos de média e uma intensidade DESCOMUNAL para alguém que já tem 36 anos). Além deles, vale destacar a presença do jovem Gui Santos, alçado a reserva com a saída de Fischer e sem comprometer tanto assim mesmo fazendo a sua primeira incursão no time profissional.

Na final o time não sabe, ainda, se terá o mando de quadra (se for contra o Flamengo, não; se for contra Mogi, sim), mas já tem o conhecimento que não poderá disputar seus jogos no decisão na Panela de Pressão devido ao regulamento do NBB.

Mandar as partidas em Marília tira uma das grandes forças da equipe, que é atuar diante de um torcedor que sempre lota o ginásio, mas independente disso é muito bom notar que os bauruenses voltam a final da principal competição do basquete nacional fortalecidos, com um técnico com bons conceitos de basquete e mais preparado para, quem sabe, conquistar o primeiro NBB de sua história.