Contra a parede, Americana busca reação contra Sampaio Correa em casa
Foi uma verdadeira aula de basquete o que vimos domingo no Centro Cívico, em Americana. Fora de casa, o Sampaio Corrêa, com uma estratégia brilhante da técnica Lisdeivi, venceu o Corinthians / Americana por 81-58, roubou o mando de quadra e fez 1-0 na final da Liga de Basquete Feminino (LBF). Contra a parede, a equipe do técnico Antonio Carlos Vendramini recebe de novo as maranhenses diante de sua torcida nesta terça-feira (18h30, com Sportv) tentando evitar o pior (viajar para São Luis com um 0-2 nas costas).
Para isso, precisa modificar não a atitude, palavrinha quase mágica que é usada por todos os times para justificar resultados ruins (uma baita muleta, diga-se de passagem), mas sim seu plano de jogo. O Sampaio não venceu Americana no primeiro duelo "porque quis mais a vitória", como andei lendo por aí, mas sim porque soube anular TODAS as melhores opções ofensivas do rival com uma defesa absurdamente coordenada (sempre com ajudas e sem descobrir o lado oposto à bola) e por conseguir, no ataque, arremessar de forma tranquila após infiltrações da excelente armadora Wheeler e da experiente Iziane (52% nas bolas de dois pontos e 45% nos tiros de três pontos).
Wheeler (foto à direita), esplêndida, acelerou o jogo quando precisou, travou quando necessário e pressionou as suas marcadoras o tempo inteiro. Foi uma aula sobre o que é ser uma armadora, colocando as suas companheiras em condição de arremesso em alguns momentos e definindo, ela mesma, em outros. Para o time de Vendramini, uma alternativa seria colocar Gilmara (pivô alta, forte e rápida) em cima de Wheeler para dificultar um pouco a vida dela (e do Sampaio por consequência). A norte-americana teve 14 pontos e 3 assistências. Iziane, 21 pontos e 4 assistências. A jovem Isabela Ramona, vindo do banco, soube se aproveitar dos espaços e fez 19 pontos (cinco chutes praticamente livres).
Aqui aliás já cabe uma observação. Iziane desde sempre foi (e ainda é) criticada por conta de seu individualismo exagerado (é justo e ela quase sempre "procurou" por isso). Mas quando é para elogiar devemos fazer também. Aos 34 anos, a ala de 1,81m arremessa menos nessa temporada (19 em 2014/2015 contra 14,7 2015/2016) e tem conseguido não só passar melhor a bola para as suas companheiras como orientá-las nas diferentes situações do jogo. Se demorou para a maturidade chegar é uma verdade, dizer que seu jogo atinge um patamar superior quando ela desempenha a sua boa parte técnica aliada a uma liderança positiva também é bastante real.
É contra o bem armado Sampaio Corrêa que o Corinthians / Americana jogará logo mais. Se perder, viajará para São Luís com um 0-2 e a missão de vencer duas vezes fora de casa para tentar, aí sim, uma vitória no quinto e decisivo duelo.
Para isso não acontecer, precisa compreender exatamente o que aconteceu no jogo 1 de domingo, ajustas as peças e jogar com mais inteligência e menos velocidade.
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