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Bala na Cesta

No Rockets, é a hora do técnico Kevin McHale mostrar que pertence a elite

Fábio Balassiano

23/10/2014 13h40

kevin1Na temporada 2012/2013 o Houston Rockets trouxe James Harden e conseguiu 45 vitórias. Na 2013/2014, Dwight Howard e 54 triunfos. Para este campeonato, o elenco texano mudou muito pouco (ficou mais consistente com Trevor Ariza na ala no lugar de Chandler Parsons), e a expectativa é que, sem os problemas de entrosamento naturais de um primeiro torneio com um elenco todo remodelado (como foi o passado), o nível melhore muito.

Não resta dúvida que a bola da vez para a imprensa norte-americana e para a torcida do Houston é Kevin McHale (foto à esquerda). Comandando a equipe há quatro temporadas, ele tem um elenco caro, com dois All-Stars (Harden e Howard), um excelente jogador (Ariza), bons atletas para a rotação (o armador Patrick Beverley, os recém-chegados Kostas Papanikolaou e Jason Terry, e Donatas Motiejunas) e vai precisar mostrar resultado.

d12Chegar aos playoffs, como vem fazendo desde 2012/2013, é básico, quase banal para um grupo com essa qualidade (mesmo no Oeste). Mas para colocar o Houston na final da conferência, ou minimamente na semifinal, McHale precisará mostrar uma evolução (sua) que não tem sido vista nos últimos anos principalmente pelo estilo tático que tem adotado.

Seu chefe, o nerd Daryl Morey, é um dos adeptos dos "três tipos de cesta" no basquete – contra-ataque, bolas de perto da cesta e arremessos de fora. O problema é que nem sempre os números correspondem aos fatos, e o que temos visto é o Houston muito preso a estes dogmas, a estas características. E isso não é bom.

Na temporada passada faltou variação tática, faltou um pouco mais de diversidade ofensiva e nos playoffs, quando o jogo de meia quadra é exigido, os Rockets foram engolidos pelo bem armado time do Portland Trail Blazers.

arizaNa defesa James Harden e seus defeitos serão razoavelmente encobertos pela capacidade atlética e "intelectual" do excelente, e subestimado, Trevor Ariza (foto à esquerda), que chega para marcar por ele e pelo barbudo no perímetro e onde mais o camisa 13 não estiver. No ataque é que, aí sim, vamos ver se todos aqueles problemas da temporada passado terão sido sanados por McHale nesta pré-temporada.

Meu palpite, até por tudo o que vi nestes amistosos e nas palavras dele, é que o Houston não vai evoluir muito mais do que o que vimos nas mãos de McHale. Os Rockets, em minha opinião, passam aos playoffs até com certa facilidade, mas de novo vão morrer muito cedo por lá (primeira rodada, provavelmente) principalmente por causa de um jogo praticamente monocórdico que tem os chutes rápidos de James Harden e Dwight Howard perto da cesta. Na NBA, é pouco. No Oeste, mais ainda.

Concorda comigo? Ou acha que o Houston pode ir às finais do Oeste? Comente!

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