Apesar da derrota, Flamengo mostrou ótimo nível em estreia na NBA
Se tinha gente esperando uma surra, o cartão de visitas do Flamengo contra o Phoenix na noite de ontem no Arizona veio com o argentino Walter Herrmann.
Naquele momento (metade do primeiro período) o Flamengo abriria 13-6, mostraria ao Suns um pouco de sua força e daria o tom do que seria a partida até o final. E assim o foi. No final das contas o Phoenix reagiu (principalmente quando Isaiah Thomas, autor de 18 pontos, e Gerald Green, de 13, entraram), venceu por 100-88, mas o clube rubro-negro, em seu primeiro jogo contra times da NBA, fez um papel belíssimo. Quatro dos cinco titulares somaram 13 ou mais pontos (exceção foi Marquinhos, que somou 7).
É óbvio que a diferença (principalmente a física) foi notada a partir do segundo período, quando o ritmo do time de José Neto caiu (33-17 na parcial) e quando houve muitas trocas pelo lado da franquia do Arizona, mas o saldo do Flamengo na noite desta quarta-feira é pra lá de positivo. Representou o basquete brasileiro com dignidade, jogou o seu basquete (não tentou fazer nada de diferente), correu quando precisou correr, travou quando precisou travar, e em alguns momentos da segunda etapa chegou a passar no placar.
Se não fossem alguns erros de tomada de decisão (e por isso jogar contra times de nível NBA também é ótimo, pois isso é treinado a cada segundo e "punido" com cestas em contra-ataque) a margem poderia ter sido até menor ao final dos 48 minutos. Mas certamente as mais de 8 mil pessoas que foram ao ginásio de Phoenix ontem se surpreenderam com o Flamengo (certamente os norte-americanos não conheciam muito, o que é natural). Os rubro-negros jogaram muito bem, competiram de igual pra igual e mostraram ÓTIMO nível.
Na próxima quarta-feira o adversário é o Orlando Magic (na Flórida e certamente com muitos torcedores brasileiros) às 20h e no dia 17 é a vez de os rubro-negros enfrentarem os Grizzlies de Zach Randolph e Marc Gasol em Memphis (21h).
Insisto no que venho falando desde que os amistosos na NBA foram confirmados pelo Flamengo. Ganhar de Phoenix, Memphis ou Orlando é o menos importante. Se times brasileiros jogassem 3X/ano contra europeus ou franquias da NBA, o nível interno seria muito melhor. Vale, de verdade, pelo aprendizado!
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