O jogo hoje é contra a Espanha, mas Brasil já deve olhar adiante
Hoje, primeiro dia de setembro de 2014, é a data da partida mais difícil da seleção masculina na fase inicial da Copa do Mundo da Espanha. Contra os donos da casa, em Granada, o Brasil enfrentará aquele que é considerado por todos como o segundo melhor time da competição (atrás apenas dos Estados Unidos, claro) diante de uma enfurecida e animada torcida.
É uma missão impossível? Não, não é. O Brasil tem um elenco fortíssimo, tem defendido muito bem e se do outro lado o garrafão é forte (com os irmãos Pau e Marc Gasol e o congo-ibérico Serge Ibaka), o de Rubén Magnano com Nenê, Splitter, Hettsheimeir e Varejão não fica muito atrás, não.
Difícil, seguramente é, principalmente devido à intensidade defensiva espanhola e a pequena queda de ritmo de jogo mesmo com as trocas que o treinador Juan Antonio Orenga faz. Mas não é algo impossível. Vencer é o óbvio que precisa ser tentado, perseguido, principalmente porque no Grupo B já houve uma zebra (Senegal praticamente tirou as chances de Porto Rico e deve avançar na quarta posição), mas a seleção brasileira precisa olhar os cenários com muita, muita calma. Ah, e vale ficar atento ao fato que, com a derrota diante da Croácia, a Argentina tem boas chances de sair em segundo ou terceiro (e não mais em primeiro). E explico.
Até que alguém prove o contrário, a Espanha vencerá todos os jogos desta primeira fase (França, Sérvia, Brasil e os já abatidos Irã e Egito). Ficariam da segunda a quarta colocações franceses, sérvios e brasileiros (lembrando que a França bateu a Sérvia neste domingo por 74-73 e havia perdido do Brasil por 65-63). Com os seguintes cenários:
1) Brasil ganha da Sérvia -> Brasil em segundo, França em 3 e Sérvia em quarto (melhor cenário!).
2) Brasil perde da Sérvia por 2 -> Sérvia em segundo (saldo +1), Brasil em terceiro (saldo 0) e França em quarto (saldo -1). É o pior cenário.
3) Brasil perde da Sérvia por 1 -> Brasil em segundo (saldo +1), Sérvia em terceiro (saldo 0) e França em quarto (saldo -1). Melhor cenário, mas com chance de parada cardíaca.
4) Brasil perde da Sérvia por mais de 4+ -> Sérvia em segundo, França em terceiro (saldo -1) e Brasil em quarto (saldo de -2 pra cima). Cenário ruim, mas não pior que o terceiro.
5) Brasil perde da Sérvia de 3 -> Sérvia em segundo e Brasil e França empatados com -1 de saldo (e aí entrariam os critérios de average)
Ou seja do ou seja: o jogo, hoje, é contra a Espanha, mas a decisão é mesmo nesta quarta-feira contra a Sérvia. Ficar em segundo lugar é o melhor (pois evita a Espanha até a semifinal – veja chave ao lado). Em terceiro, muito ruim (Espanha em uma eventual quartas-de-final e chance reduzida de brigar por medalha). Em quarto, ruim mas menos pior que a terceira posição.
Vale a pena jogar contra a Espanha olhando no horizonte também. Se o objetivo é conseguir uma medalha, talvez não seja tão necessário queimar todos os cartuchos em uma partida, digamos, "perdível" na classificação.
Concorda com meu raciocínio? O Brasil tem chance hoje? Comente!
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