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Bala na Cesta

Com ou sem banner no teto do ginásio, Clippers vem forte pra temporada

Fábio Balassiano

22/10/2013 11h21

A notícia da semana em Los Angeles dá conta da mudança das imagens do teto do Staples Center a pedido do Clippers. Primo pobre da cidade, a franquia pediu para tirar os banners que ficavam no topo do ginásio por causa dos 16 títulos do Lakers, o outro time da cidade (leia mais aqui).

Com ou sem banner, a notícia para o Clippers não deveria ser esta, mas sim a expectativa gigante que cerca a equipe para a temporada que começa em uma semana justamente contra o Lakers, que terá o mando de quadra e os banners no teto do ginásio.

Temporada que terá Doc Rivers pela primeira vez no comando da franquia (os Clippers fizeram uma força monstruosa para trazê-lo, vocês devem se lembrar), a manutenção do núcleo formado por Chris Paul, Blake Griffin, DeAndre Jordan, Jamal Crawford e Willie Green, e os reforços de Jared Dudley, Bryon Mullens, Antawn Jamison, JJ Redick e Darren Collison (todos, obviamente, para cercar Paul e Griffin com talento sem ofuscar os holofotes). Como se vê, o time ainda teve fôlego para ir ao mercado (ficou US$ 13 milhões acima do teto salarial da NBA para esta temporada), reforçando um elenco que já era bom.

Pelo que se tem visto nos amistosos, o cascudo Rivers, que trouxe Tyronn Lue (ex-jogador do Lakers que ficou famoso por marcar Allen Iverson na final de 2001), tem mantido o que sempre pregou em Boston: defesa forte e um time balanceado. Dudley assumiu a posição 3 (o cara marca bem e entende perfeitamente que função está em marcar e ajudar, e não necessariamente em pontuar), Green segue como titular na armação ao lado de Chris Paul, Crawford continua saindo do banco, CP3 mantém as cartas (ou a bola) na mão, jogando cada vez mais com Blake Griffin, que aparentemente está menos afobado e buscando mais as cestas – e não o Top-5 do NBA TV do dia seguinte.

Como bem disse Doc Rivers, não será fácil transformar um time que venceu apenas duas séries de playoff desde que se mudou para Los Angeles em 1985 (2006 e 2012) em uma franquia grande, mas o Clippers tem talento, força física e agora um teto de ginásio que não esfrega em sua cara as glórias do grande rival da cidade. O processo não será rápido, talvez demore, mas Rivers é um grande técnico e o primo pobre de LA tem tudo pra fazer frente a Oklahoma City Thunder e San Antonio Spurs no Oeste.

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