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Bala na Cesta

Americana inova e transmite jogos com sucesso pela Web - leia entrevista!

Fábio Balassiano

17/10/2013 11h31

Já é uma cena recorrente nos jogos do time de Americana. Começa o jogo, e a voz animada de José Alberto Fuminho (na foto com camisa em sua homenagem) ecoa na Rádio Esporte Web (aqui o link). A iniciativa, lançada em 2011, mantém-se firme desde então e segue todos os passos de Americana para manter viva a chama do basquete feminino e de um dos projetos mais sólidos da modalidade no país. O projeto ganhou imagem recentemente, quando em algumas partidas há uma câmera para registrar em vídeo todas as jogadas (por uma Twitcam simples – tão simples quanto emocionante assistir a uma partida assim). Na terça-feira passada, em São José, foi a mesma coisa. Fuminho ligou a câmera, divulgou o link, abriu os trabalhos, soltou a voz, transmitiu o jogo e quando acabou a partida entrou na quadra para entrevistar as meninas do time que derrotaram as joseenses por 74-58. O cara literalmente cobra o escanteio e corre pra cabecear na pequena área. Por conta dessa ideia inovadora fui conversar com Ricardo Molina, Presidente do time e Superintendente de Negócios, Produtos e Marketing da Unimed, principal apoiadora da equipe, que hoje joga em casa contra Presidente Venceslau a partir das 20h. Nem precisa dizer que o incansável Fuminho estará no Centro Cívico para transmitir.

BALA NA CESTA: Como surgiu essa ideia de fazer as transmissões via Web dos jogos de Americana? Como está sendo este trabalho do Fuminho?
RICARDO MOLINA: Em 2011, o Jose Alberto "Fuminho", radialista da cidade desde 1974, me procurou perguntando se poderia transmitir via Web-Rádio os jogos da equipe da equipe adulta do Unimed/Americana. Imaginei que seriam apenas alguns jogos, mas não. De lá pra cá ele transmitiu TODOS os jogos da equipe, seja em Americana ou no Equador, como foi no Sul-Americano. Com o tempo ele foi se aperfeiçoando. Criou um aplicativo para que as pessoas pudessem acompanhar no celular e agora está com imagem. O Fuminho é um guerreiro, persistente, que não desistiu do seu objetivo.

BNC: Quando vocês pensaram nisso, qual foi o objetivo de vocês? Marketing, simplesmente, ou mostrar que é viável fazer algo diferente mesmo com o basquete feminino em declínio?
MOLINA: O objetivo foi implantar mais uma ação para o basquete feminino em Americana. Já tínhamos feito eventos do basquete, lançamento de venda de camisa pelo site, arremesso dourado (com prêmio pago em dinheiro pela Clarian Seguros). Somos uma equipe/empresa que mantém sua paixão pelo basquete e equilibramos razão e emoção. Assim conseguimos sempre inovar fazendo de forma simples e objetiva.

BNC: O custo das transmissões serão todos dele, ou há algum patrocinador bancando a empreitada?
MOLINA: Este ponto pra mim foi o motivo de tanta admiração pelo Fuminho. Ele começou com a cara e a coragem, pagando para trabalhar, mas não desistiu e nunca me pediu dinheiro para continuar. Ele pega o carro dele e vai sozinho de Presidente Venceslau até São Jose dos Campos. Nunca se negou a ir a algum jogo. Algumas empresas reconheceram o trabalho dele (Unimed, a Clarian Seguros, Vivosabor Alimentação, Espinosa Automóveis e Visatur). Porém, é muito pouco o trabalho que ele está fazendo. Tenho certeza que ele ainda irá colher muitos frutos dessa iniciativa e vou sempre ajudar como posso.

BNC: Haverá transmissão dos jogos do time na Liga de Basquete Feminino também? Qual a agenda de transmissões que vocês podem passar?
MOLINA: Em função do sucesso da Radio Esporte Web em Americana, sugeri ao pessoal da LBF ampliar este trabalho e criar a Radio Web da LBF. Entendo que o Fuminho está mais do que preparado para este desafio. Se a LBF não se interessar, ele continua com Americana e estará em todos os jogos da equipe na Liga. Nossa obrigação como incentivador da modalidade é tentar multiplicar o que está dando certo.

BNC: Vocês também exibirão jogos das categorias de base via Web?
MOLINA: O Fuminho já está pensando nisso. Temos mais de 15 equipes de base entre Americana, Santa Bárbara e Nova Odessa. Jogos praticamente todos os dias. Mas da mesma forma que fizemos no adulto, para que tenhamos sucesso no projeto de transmissão temos que fazer a cobertura de todos os jogos – e isso requer mais planejamento. Transmitir um ou outro jogo não cria fidelidade das pessoas.

BNC: Para um time que tem investido pesado nas transmissões pela Web, a presença de vocês nas mídias sociais (Twitter, Facebook e Instagram) não é muito tímida? Não vale investir mais pesado nisso?
MOLINA: Sempre é importante. Temos nossa assessoria de imprensa, que mantém as informações atualizadas. Temos o site, temos a parceria da Rádio Esporte Web e com certeza temos que ampliar nossa presença através das mídias sociais.

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