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Bala na Cesta

Novato no NBB, responsável pelo basquete do Goiânia afirma: 'Sempre quisemos o convite'

Fábio Balassiano

11/06/2013 14h50

Marco Bajo, o Espanha, é o responsável pelo time de Goiânia que irá jogar o NBB6. Funcionário do Grupo Universo de ensino e homem de confiança de Welington Salgado, patrocinador principal da rede de faculdades, ele conversou com o blog sobre a entrada do time na elite do basquete nacional.

RECLAMAÇÃO DE MACAÉ: "Sobre os convites, olha, é complicado ficar falando. Ouço Macaé e me incomoda um pouco. Ouço coisa demais. O sistema (da Super Copa Brasil) está errado desde lá debaixo. Macaé sequer jogou conosco. Se tivesse jogado comigo, eu teria atropelado Macaé, teria ganho. O sistema é errado desde lá debaixo. Não jogamos todos contra todos".

POR QUE NÃO TENTAR EM QUADRA? "A liga foi formada com convites. Não existe segunda divisão e portanto não há nada ilegal nisso. Estamos falando em um período de transição. Convites sempre foram feitos. Alguns aceitos, outros não. Sei que alguns votaram contra, e estão questionando isso por causa do Fluminense, e é de uma região que já tinha três equipes Flamengo, Tijuca e Macaé). Mas vão falar o que de Goiânia? Praça nova, que está abrindo um mercado novo e importante pra liga. A LNB precisa estimular uma equipe como essa. Wellington Salgado (dono do grupo Universo, que patrocina o time) investe horrores no basquete. Quanto este cidadão investe, quanto ele bota de grana? Todos os times dele estão entre os 8. Ele gosta de basquete. Não faz isso por causa de retorno de mídia, nada. Não é conveniência, é projeto sério e duradouro aqui em Goiânia. A gente disputou na quadra e perdeu. Mas vou te contar uma coisa aqui. Antes mesmo da Super Copa Brasil a gente já iria pra modalidade convite. Já tínhamos a convicção de fazer igual ao Basquete Cearense. Mas fomos orientados pela Liga Nacional a jogar, a montar time, a tentar na quadra. Se não fossemos classificados na quadra, como acabamos não sendo, montaríamos, como montamos, um projeto. A conversa com a Liga foi antes de montar tudo. Está no estatuto, queríamos o convite. Nos foi pedido que jogássemos e, caso não passássemos em quadra, que apresentássemos o projeto para a Liga. Depois do torneio, montamos o projeto. É um Power Point que foi feito. Apresentei os pontos mais marcantes, estrutura, grana, parte técnica. Vamos ter jogos no ginásio do Rio Vermelho, na Arena Goiânia e no Nilton Faria, em Anápolis também.

OUTROS CONVITES VIRÃO? "Não sei se você sabe, mas uma cidade do Rio Grande do Norte ligada ao petróleo já me encomendou um projeto para o próximo NBB. Os convites, pelo que eu compreendi, vão continuar desde que tenham projetos grandes. O prefeito me ligou para que eu montasse pra ele o corpo de um projeto, um estudo, previsão de custo etc. Em breve te conto mais novidades".
Nota do editor: Conversei com Sergio Domenici, da Liga Nacional, e ele me disse que mais de todo dia a Liga recebe ligação de time pedindo convite (ontem mesmo, quando o chamei, Lajeado se interessou). A alegação dele foi: "Segunda divisão. É o que falo para todos os interessados". 

O TIME PARA O NBB: "Não sei se manteremos o João Marcelo Leite de técnico. O projeto tem um time principal, mas temos parcerias com prefeituras locais, que estão nos ajudando com escolinhas, centros formativos para fomentar o basquete por aqui. Por enquanto, a verba que temos é de R$ 3 milhões/ano. Mais ou menos isso. Falta só dividir entre adulto, Sub-22 (Liga de Desenvolvimento) e a parte social. Já estamos fechando com um trio estrangeiro. Um ala-pivô e um pivô. O outro é um armador ou um ala, ainda não sei. Não queria passar o nome deles, vou deixar o nome na moita. Queria falar uma coisa interessante. Estamos trazendo, para o Sub-22 e para o time adulto, muitos garotos goianos que jogavam fora para o time. Vou pesado no Sub-22. É meu foco aqui. É isso que queremos movimentar. Trouxe 12 garotos de Goiânia de volta".

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