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Bala na Cesta

Muito obrigado por 2012, e um ótimo 2013 para todos vocês

Fábio Balassiano

31/12/2012 00h20

Foram 1.132 posts colocados aqui no blog em 2012 (média de três por dia), e eu só posso a agradecer a vocês pela paciência, parceria e companheirismo neste ano que termina hoje. Poderia fazer um texto sobre basquete aqui, mas acho que não faz muito sentido – e nem há clima pra isso. Quero apenas deixar um recado final aqui para vocês, que, curtindo ou não o que escrevo, aparecem aqui com razoável frequência (acho que a maioria até gosta).

Desde que me formei em Jornalismo (no final de 2005), decidi seguir o que um dos mestres da profissão, Millôr Fernandes, sempre disse: "Jornalismo é sempre oposição. O resto é armazém de secos e molhados". "Cresci" ouvindo e lendo os conselhos do Melchiades Filho, ex-editor da Folha de S. Paulo, (não briga comigo, Melk), e vi que, sim, era possível fazer coisas mantendo senso crítico, distância e imparcialidade na medida certa. Não vejo outra maneira de praticar jornalismo que não usando e apurando o senso crítico a cada segundo, mesmo que por vezes, admito, eu passe do ponto na rabugice – só levem em conta que sou assim em tudo o que faço, não só no basquete (ou seja, sou uma mala nas 20 horas do dia em que permaneço acordado).

Não estou aqui, portanto, para fazer amizade, bater mãozinha com atletas/técnicos (como já vi "companheiros" fazendo em ginásio), ser querido por entidades (CBB, LNB, LBF ou o que quer que seja) ou me aproveitar do esporte (como muita gente, aliás, acaba fazendo). Jogador é, desde sua criação, um ser carente e mimado (ainda mais o do basquete, que vive numa draga de críticas há 15, 20 anos), e não é meu papel fazer o lado "amigo" para essa galera. Isso, vão me perdoar, eu não sei fazer e jamais farei.

Tampouco estou aqui (para usar uma expressão que a turma adora) para ajudar a modalidade ("você não faz nada em prol do basquete", alguns dizem). Aqui neste espaço, para ser ainda mais claro, meu papel é simplesmente relatar, opinar, analisar e apontar o dedo para as feridas que estão sangrando no basquete há 20 anos. Se quase ninguém faz, e esta briga por um esporte da bola laranja melhor é quase uma guerra única que travo quase que diariamente aqui e em meus antigos lares há cinco anos, paciência. Brigarei enquanto tiver forças para que uma das minhas maiores paixões (talvez a maior) seja tratada com a seriedade, o profissionalismo e a transparência que merece.

Pra fechar, só a última coisinha: quem critica algo não é quem quer ver a coisa piorar, ir pro buraco. Quem critica é, pelo contrário, alguém que quer ver a situação melhorar, evoluir, se desenvolver (tal qual faço no basquete). Por mais difícil que seja, tenham em mente que quem só aplaude, só bate palminha ou passa a mão nas costas de jogador está de acordo com tudo o que temos visto na modalidade nos últimos 15, 20 anos. E vocês sabem como o basquete está, certo?

Ótimo 2013 para todos nós e, mais uma vez, muito, muito obrigado por tudo pela ajuda em 2012.
Fábio Balassiano.

Sobre o blog

Por aqui você verá a análise crítica sobre tudo o que acontece no basquete mundial (NBB, NBA, seleções, Euroliga e feminino), entrevistas, vídeos, bate-papo e muito mais.