Primo pobre de LA, Clippers conquistam 11 vitórias seguidas e mostram força no Oeste

Já falei aqui algumas vezes do Lakers (vezes demais, admito), outras do Oklahoma City Thunder e inúmeras do San Antonio Spurs, mas falei pouquíssimo do Los Angeles Clippers nesta temporada. E quando fui dar uma olhada na tabela vi que a equipe do sempre contestado Vinny Del Negro chegou a décima-primeira vitória seguida na quarta-feira diante do New Orleans e agora tem 19-6 na vice-liderança no Oeste. Hoje é a vez de medir forças com o Sacramento, em casa.

E o sucesso do time não vem do acaso. Com um dos melhores elencos da NBA (talvez o com mais profundidade, ao lado do Spurs), Vinny Del Negro tem conseguido descansar suas duas estrelas (Blake Griffin e Chris Paul – ambos na foto -, que jogavam mais de 36 minutos por noite na temporada passada, não passam dos 32 neste campeonato), dando tempo de quadra a quase todo mundo (são nove com 18 ou mais minutos por partida e sete com nove ou mais pontos de média!).

E o resultado é bem claro: com ótimas opções no banco de reservas, os Clippers têm a segunda melhor pontuação dos suplentes da NBA (com 41,9, só perde, creia, para os 44 dos Wizards) e um crescimento de 15 pontos dos reservas em relação à temporada passada. Não é a toa que Jamal Crawford é o segundo cestinha da equipe com 16,6 pontos por noite.

Ainda não dá pra saber exatamente em que patamar o Los Angeles Clippers está, principalmente porque Grant Hill ainda não entrou em ação, porque Lamar Odom ainda não está na melhor forma (se é que algum dia ele voltará a, de fato, ser jogador de basquete) e porque ainda não se sabe quanto experiente Chauncey Billups, que voltou recentemente de lesão, poderá render. Mas em quadra o que se vê é um time com ótima defesa (a quarta melhor da liga, permitindo, apenas, 42,6% de conversão nos chutes dos adversários), ótimos reservas e dois jogadores bem acima da média (CP3 e Griffin). Talento, elenco e estrelas (mas sem estrelismos – o principal pontuador da equipe não está entre os 25 melhores da NBA para vocês terem uma ideia!), portanto, os Clippers têm.

Dá pra sonhar bem alto? Creio que sim. Mais alto que os rivais de Los Angeles? Isso me parece muito, muito claro. Menos camisa, menos carisma, talvez, mas muito mais força física e entrosamento. Boto fé nos Clippers!