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Bala na Cesta

O bom exemplo de Érika de Souza no basquete feminino brasileiro

Fábio Balassiano

13/09/2011 15h00

O assunto acabou passando um pouco batido no meio da emoção da conquista da vaga olímpica pela seleção masculina, mas acho que vale a pena comentar. Não sei se todo mundo reparou, mas a pivô Érika de Souza jogará o Pré-Olímpico pela seleção feminina na Colômbia. A notícia seria banal se não fosse o seguinte motivo: o Atlanta Dream, seu time na WNBA, muito provavelmente ainda estará em atitividade quando a competição da seleção começar (leia mais aqui). E o que fez Érika? Disse ao seu time que iria jogar com a seleção.

E não é que o Atlanta esteja perdendo uma reserva ou uma jogadora mediana (pensem o que quiserem), mas sim a sua pivô titular e responsável por ser a "xerife" da defesa do Dream na WNBA há três temporadas. O problema é que a vontade de Érika falou mais alto, e a franquia não teve nem o que dizer (até porque clubes não podem impedir que atletas defendam as suas seleções – a Espanha teve Sancho Lyttle e a Rússia esteve com Becky Hammon no Europeu durante a temporada da liga norte-americana, por exemplo).

Em tempos em que atleta pede dispensa por qualquer motivo, não deixa de ser uma baita atitude. Agora é esperar para ver como ela se apresentará ao time (se muito cansada ou não) para ajudar a seleção feminina na busca da vaga. Érika é, disparada, a melhor atleta brasileira nos últimos cinco, seis anos, e será uma das líderes da equipe de Ênio Vecchi no Pré-Olímpico que começa no dia 24 de setembro. De todo modo, jogue bem ou não, a atitude dela merece ser muito aplaudida. Que sirva de exemplo.

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