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Bala na Cesta

Confederação Brasileira foi ameaçada de despejo - dívida ao condomínio supera R$ 200 mil

Fábio Balassiano

12/11/2019 05h37

Aconteceu no último sábado o primeiro Fórum 360 de Basquete em São Paulo. Entre paineis de discussão e palestras, um dado trazido em sua apresentação pelo Diretor de Operações (não remunerado, como ele mesmo gosta de dizer) Ricardo Trade (foto), o Baka, da Confederação Brasileira chamou a atenção. A entidade máxima foi praticamente obrigada a mudar de sede devido a uma dívida que superou os R$ 200 mil por falta de pagamento de (pasmem) 24 meses de condomínio ao Edíficio Bokel, no Centro do Rio de Janeiro.

"A situação que encontramos quando assumimos a CBB no início de 2017 era de penúria total. Este caso do condomínio é apenas um dos vários problemas que enfrentamos. Falei ao presidente Guy Peixoto que deveríamos vender a sede para sanear as contas, mas ele não quis. Foi uma opção dele e acho que ele tem razão mesmo. A saída, literalmente, foi alugar o espaço para uma empresa que acaba pagando toda a dívida deixada pela gestão passada", revelou Trade aos participantes do Fórum.

De acordo com apuração do blog, o valor do condomínio que a CBB deveria pagar mensalmente era de aproximadamente R$ 8.800,00. Com 2 anos de negligência entre 2015 e 2017, a dívida supera os R$ 200 mil (havia inclusive a ameaça de despejo por parte do Edíficio Bokel). Fora de sua sede, comprada na gestão Renato Brito Cunha nos anos 90, coube a Confederação procurar novo espaço. Desde abril deste ano a entidade máxima, presidida por Guy Peixoto, mandatário que de seu bolso já injetou mais de R$ 2 milhões na entidade de acordo com o último balanço financeiro, está nos escritórios RioCentro, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

De acordo com informações da própria Confederação, o aluguel do espaço no RioCentro é custeado no primeiro ano com recurso descentralizado do Comitê Olímpico Brasileiro e logo depois disso pela própria CBB.

"A sede estava em estado operacional bom, funcionando, mas com uma dívida que tornava insustentável a permanência no imóvel, sob risco de perda do patrimônio. A gestão conseguiu um acordo que em um período breve irá acertar o débito e colocar essas contas em dia", informou ao blog a assessoria da CBB através de nota.

Procurado, Carlos Nunes, mandatário da CBB entre 2009 e 2017, preferiu não responder aos questionamentos do blog.

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