Após eliminação no Mundial, quais os passos do Brasil para se classificar às Olimpíadas?
Você leu aqui mais cedo que a seleção brasileira masculina foi derrotada pelos Estados Unidos e está eliminada do Mundial da China (amanhã faço uma análise mais profunda da performance da equipe). O time do técnico Aleksandar Petrovic terminou na décima-terceira posição e agora a pergunta que fica é: pensando na classificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio de 2020, o que precisa ser feito? Vamos lá!
Em primeiro lugar, algumas informações:
1) Ao contrário do Mundial, repleto de seleções (32), na Olimpíada são apenas 12 equipes nacionais. É bem pouco, mas é assim que funciona;
2) Do Mundial sairão sete classificados. Dois das Américas, um da Ásia, um da Oceania, 2 da Europa e um da África. Com os resultados que já estão na mesa, Argentina e Estados Unidos se classificaram pelas Américas, a Austrália pela Oceania, o Irã pela Ásia e a Nigéria pela África. Faltam, apenas, os dois melhores europeus do Mundial, com os times nas quartas-de-final (Sérvia, França, Espanha, Polônia e República Tcheca) precisando avançar o máximo possível para carimbar o passaporte para Tóquio-2020;
3) O Japão, país-sede, já está qualificado.
Restam, portanto, quatro vagas, que serão decididas em Torneios Pré-Olímpicos Mundiais a partir de junho de 2020. Serão 4 campeonatos simultâneos, com seis seleções em cada. APENAS o campeão avança para jogar as Olimpíadas (o mesmo já havia acontecido nos mais recentes Jogos Olímpicos).
Destas 24 seleções, 16 virão direto do Mundial – e o Brasil já está nesse grupo. Além disso, outros dois times nacionais serão indicados para cada chave de acordo com o ranking da FIBA. Ainda serão informados pela Federação Internacional as datas e locais de cada um dos eventos. Existe, como dito pelo Sportv ontem, o interesse da Confederação Brasileira em trazer um dos Pré-Olímpicos para o país, mas o tema só será definido em reunião do último trimestre da FIBA.
Ou seja: potências como Grécia, Itália e Lituânia já estão "babando" por uma vaga, e times que nem estiveram na China, como a Eslovênia, do garoto prodígio Luka Doncic, e a Croácia, devem jogar estes torneios – além dos Europeus que não conseguirem carimbar o passaporte diretamente via Copa do Mundo.
Não resta dúvida que se o caminho via Mundial já seria difícil, via Pré-Olímpico será ainda mais.
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