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Bala na Cesta

Brasil joga bem, bate os EUA e conquista 1º ouro em Pan desde 1991

Fábio Balassiano

11/08/2019 00h56

A espera chegou ao fim. Jogando muito bem do começo ao fim, a seleção brasileira feminina acaba de fazer 79-73 nos EUA para conquistar o primeiro ouro em Pan-Americano desde 1991, quando venceu Cuba em Havana. A vitória deste sábado coroa a brilhante campanha de José Neto e suas comandadas, que venceram as cinco partidas em Lima nesta competição. Com 24 pontos, Tainá Paixão jogou ABSURDOS nesta final e foi a cestinha da partida.

O jogo começou bem, com o Brasil abrindo logo de cara 16-7, mas permitindo a reação dos EUA, que fizeram 10 pontos seguidos para virar o jogo em 17-16. No final do primeiro período, vitória norte-americana por 22-20. No período seguinte, parcial de 19-16 para as brasileiras, que foram pro vestiário vencendo por 39-38.

Na volta do intervalo, Tainá Paixão começou a chamar atenção de todos com infiltrações incríveis e domínio total do setor ofensivo, já que Clarissa estava carregada em faltas. Com 55-53, os 10 minutos finais seriam decisivos para a cor da medalha pro Brasil. No último quarto, mais uma vez Tainá fez a diferença, anotando pontos de todas as maneiras e impedindo que as americanas, que tiveram 22 surreais rebotes ofensivos, se aproximassem do placar. Mais frio, regular e defendendo bem as bolas de fora o time de José Neto fechou o jogo em 79-73.

A conquista é a primeira de Neto à frente da seleção feminina. Ele, contratado em fevereiro e estreando de forma oficial com as meninas no Pan-Americano, merece os parabéns por já conseguir dar uma roupagem diferente a um time (igual em termos de nomes) que vinha desacreditado e com resultados internacionais ruins.

Do ponto de vista de futuro, é bom ter um pouco de calma (é difícil pedir isso agora, mas ok…). O nível do Pan-Americano, em termos técnicos, é baixíssimo (os EUA foram com um time universitário), e a gente sabe que internamente as coisas não funcionam às mil maravilhas no esporte das meninas por aqui. Os bons testes ainda estão por vir – Americup e Pré-Olímpico Mundial, além, claro, da Olimpíada. Ali, sim, conseguiremos ver em que pé estamos.

No momento, claro, vale comemorar o ouro em Lima e torcer para que a confiança e o bom basquete apresentados no Pan continuem pelos próximos meses e anos no basquete feminino. Parabéns, meninas e comissão técnica.

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