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Bala na Cesta

O novo drama do número 1 do Draft de 2017 - problema raro na região do tórax

Fábio Balassiano

05/12/2018 05h43

NBA / Media Day Sixers

Com 20 anos, já dá pra dizer que a história de Markelle Fultz daria um livro. Formado na Universidade de Washington, o armador foi selecionado como número 1 do Draft de 2017 e seria a peça que ajudaria a colocaria o Philadelphia 76ers como um dos melhores da conferência Leste da NBA nos próximos anos. Seria.

Logo na pré-temporada do ano passado com o time Fultz foi diagnosticado com um problema no ombro. Fez a primeira partida do campeonato em 18 de outubro, mas depois parou e retornou apenas no final da fase regular. Em apenas 14 jogos, módicos 7 pontos de média e uma mecânica de arremesso que assustou a muita gente. O armador havia perdido a sua confiança para chutar. Disse, com suas próprias palavras, que precisaria reaprender a arremessar, porque "não lembrava como deveria fazer para acertar seus chutes", algo bizarro para… um jogador de basquete.

O Philadelphia teve paciência, tirou o menino de ação, recomendou a contratação de um técnico específico para arremesso (posteriormente demitido pelos advogados de Fultz…), deu a titularidade pra ele no começo da temporada 2018/2019, mas nada melhorou tanto assim. Seu rendimento (8,2 pontos) não foi tão bom e no mês de novembro o drama voltou. Colocado no banco, seus advogados avisaram ao Sixers que ele só jogaria quando se recuperasse 100% da lesão no ombro que tanto o incomoda.

Nesta terça-feira, o Woj, da ESPN gringa, informou algo ainda mais diferente: Fultz foi diagnosticado com problema raro em nervos da região do tórax (pra ser mais específico, síndrome do desfiladeiro torácico), tendo que passar por tratamento que levará de 3 a 6 semanas. É o tempo esperado não para que ele retorne a jogar, mas sim a treinar e, aí sim, decidir os próximos passos de sua carreira.

– As pessoas estão dizendo que é um problema mental, mas não é. Não tem como você ser a primeira escolha do Draft e, de repente, não conseguir erguer os braços e arremessar com consistência. Alguma coisa física está errada. Agora, tivemos a resposta – afirmou o agente e advogado de Fultz, Raymond Brothers, ao Woj. De acordo com a publicação, aliás, Fultz teria visitado mais de 10 especialistas em ombro para saber exatamente qual o seu problema.

Qual o limite para o drama de Fultz? Será que ainda há clima para mantê-lo em Philadelphia? Aguardemos os próximos capítulos dessa desde já triste novela.

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