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Bala na Cesta

Com uma semana de temporada de NBA, brasileiros ainda não entraram em quadra

Fábio Balassiano

23/10/2018 13h15

Com o menor número de representantes em uma década, o Brasil não conseguiu, ainda, ver seus três representantes na temporada 2018/2019 exatamente com uma semana de campeonato. Cristiano Felício, Nenê e Raulzinho, respectivamente de Chicago Bulls, Houston Rockets e Utah Jazz, não entraram em quadra até o momento. E cada um com um motivo diferente.

Cristiano Felício, na minha opinião, é aquele que deve mais se preocupar. Em um Chicago em reconstrução, ele já havia perdido quase todo o (pouco) tempo de quadra que teve em 2017/2018 (17 minutos/jogo) com a chegada do pivô Wendell Carter, recém-escolhido no Draft deste ano. Carter tornou-se titular, Robin Lopez foi pro banco e Felício vai ter que lutar pelo restante dos minutos perto da cesta. Pra seu azar, ele teve uma pequena lesão no tornozelo e ficou fora da abertura da temporada. Liberado para atuar nas duas últimas partidas, contra Detroit no sábado e Dallas ontem à noite, o pivô não foi colocado pra atuar pelo técnico Fred Hoiberg.

Nenê, por sua vez, é peça importante mais no vestiário do que na quadra para o Houston Rockets. Seu técnico, o experiente Mike D'Antoni, tem usado o veterano de 36 anos cada vez menos em temporada regular para ter o camisa 42 mais pronto nos playoffs. Nenê é peça fundamental para a evolução do jovem Clint Capela (24 anos), sendo um dos responsáveis por passar sua bagagem pro rapaz que hoje é o titular do pivô de um time que joga em um ritmo bem acelerado. Ano passado, porém, o brasileiro que está na NBA há 16 temporadas teve quase 15 minutos por jogo nos 52 jogos que participou.

Raulzinho, por fim, teve um estiramento muscular durante a pré-temporada, perdeu toda fase de preparação e até agora não foi liberado para jogar com seus companheiros. Sua situação no Utah Jazz, mesmo quando estiver 100% fisicamente, também inspira cuidados. Por mais que o contrato seja garantido para esta temporada, seus minutos, que já foram diminutos em 2017/2018 (12,1 em 41 jogos), não devem aumentar, não. O Jazz conta com Ricky Rubio, espanhol e titular absoluto na armação, e Dante Exum, australiano que recentemente renovou com a franquia, para conduzir a equipe. Raulzinho, quando voltar, terá que brigar bastante por tempo de quadra.

A NBA começa empolgante. Para os brasileiros a situação parece um pouco difícil até agora.

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