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Bala na Cesta

NBA cresce no Brasil, mas número de jogadores do país em 2018/2019 deve ser o menor em 9 anos

Fábio Balassiano

09/07/2018 06h10

Ninguém tem dúvida que a NBA está crescendo horrores no país. Desde que o escritório da liga por aqui se instalou (mais especificamente no Rio de Janeiro) há cerca de seis anos, absolutamente tudo está em desenvolvimento. Aumentaram as transmissões na TV, os pacotes de League Pass vendem que nem água, já há quatro lojas oficias no país (Mogi, São Paulo, Campinas e RJ), nos dois anos mais recentes houve a Casa NBA para abrigar as finais do campeonato e muito mais. O sucesso é estrondoso.

Mas se a liga vem crescendo como produto, por outro lado o Brasil vê uma gigantesca queda quando o assunto é "mão de obra" na melhor liga de basquete do mundo. Se em 2015/2016 e 2016/2017 houve nove atletas do país jogando a temporada da NBA, no último campeonato foram apenas cinco.

E a tendência para 2018/2019 é ser ainda menor: apenas Nenê (Rockets), Raulzinho (Jazz) e Felício (Bulls) têm contratos garantidos até agora. O número (3) é o menor desde 2008/2009 e 2009/2010, e só ganha do já longínquo campeonato de 2002/2003, quando Nenê era o único representante brasileiro na NBA. Mais que a perda, é importante notar que desde o Draft de Bruno Caboclo em 2014 nenhum atleta do país é selecionado na principal "peneira" para a entrada na liga.

Ainda há esperança deste número aumentar, mas não muito. O veterano ala-armador Leandrinho, um dos mais reconhecidos atletas do país no exterior, esteve nos EUA durante as finais entre Warriors e Cavs para estreitar e fazer novos laços, mas as chances de ele retornar à liga não são grandes.

Outros dois que estiveram por lá recentemente, o pivô Lucas Bebê e o ala Bruno Caboclo, são agentes-livres, mas até agora não receberam nenhuma proposta oficial. Uma fonte ouvida pelo blog afirma que a parte técnica de ambos é muito elogiada, mas a forma como eles se comportaram em Toronto deixou muita gente ressabiada ao redor da liga para contratá-los.

Pode ser que, claro, isso tudo mude, mas no momento a realidade é essa. Se de um lado a NBA cresce a passos largos no Brasil como marca / produto / parte comercial, do outro os atletas do país têm encontrado dificuldade para entrar e se manter na liga nos últimos anos. Torçamos para que o panorama mude rapidamente.

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