Quase dez anos depois, pivô brasileiro Nenê pode igualar hoje o maior feito da carreira
O ano era 2009 e no dia 13 de maio o Denver Nuggets venceu o Dallas Mavs por 124-110. Naquela noite no Colorado o brasileiro Nenê Hilário foi brilhante com 17 pontos e 8 rebotes para colocar, junto com Carmelo Anthony (30 pontos) e Chauncey Billups (28), na final da conferência Oeste pela primeira vez desde 1985. Na decisão, derrota para o Los Angeles Lakers, que se sagraria o campeão da temporada, por 4-2.
O tempo passou, Nenê foi trocado do Denver ao Washington em 2011/2012, ajudou o time da capital a se estabelecer entre os melhores do Leste, mas nunca mais voltou a figurar em um estágio tão alto quanto o daquele ano de 2009.
Mas a espera do jogador brasileiro com carreira mais longa na NBA (ele foi selecionado em 2002 e de sua turma do Draft apenas ele continua em atividade na liga, algo absurdo!) pode terminar hoje, quando o seu Houston Rockets que tem 3-1 na semifinal do Oeste contra o Utah Jazz pode despachar o difícil rival em casa a partir das 21h (a ESPN exibe) para avançar à decisão da conferência muito provavelmente contra o Golden State Warriors, que também tem 3-1 e mede forças em casa com o New Orleans Pelicans.
Se em 2008/2009 Nenê era peça fundamental no Nuggets na parte ofensiva com seus 14,6 pontos e 7,8 rebotes, agora em Houston suas funções mudaram bastante – natural para todo e qualquer veterano da NBA, que fique claro.
Vindo do banco (14,6… minutos por jogo na temporada) e sendo o que o técnico Mike D'Antoni, fã incondicional do brasileiro, chama de voz mais ouvida do vestiário texano, o camisa 42 virou uma espécie de ponto de equilíbrio para o calado James Harden e o verborrágico Chris Paul, as duas estrelas da franquia, além de conselheiro dos atletas mais jovens. O suíço Clint Capela, pivô titular da equipe, é quem mais ouve as dicas do brasileiro de 35 anos e dono de uma das carreiras mais longevas da história da NBA.
Quase uma década depois de atingir o estágio mais alto de sua carreira, Nenê, brasileiro de maior sucesso na história da NBA, pode colher mais um fruto de sua imensa dedicação. Chegar a decisão do Oeste, algo que deve acontecer nesta terça-feira no Texas, depois 9 anos é um prêmio imenso a quem superou um câncer no testículo (em 2005), nunca desistiu e sempre cuidou de seu corpo com um zelo absurdo.
Já passou da hora do Brasil reverenciar o cara que está desde 2002 na liga mais competitiva do planeta.
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