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Bala na Cesta

Mais de R$ 56mi de salário, 13' em quadra e o resto nem no banco - a temporada de Luol Deng no Lakers

Fábio Balassiano

28/12/2017 06h20

Luol Deng foi contratado pelo Los Angeles Lakers no verão de 2016 com um contrato de US$ 72 milhões pelos quatro anos seguintes. A ideia da franquia era, ao adicioná-lo ao elenco, fazer com que Deng passasse a sua experiência aos mais jovens e, na quadra, dar um pouco de regularidade aos calouros e atletas de segundo ano da equipe.

O tempo passou, a diretoria mudou (saiu Mitch Kupchak e entrou Magic Johnson como manda-chuva no basquete angelino) e a situação do camisa 9 ficou pra lá de surreal. Desde 26 de fevereiro de 2017, Deng entrou em quadra em apenas 13 minutos, justamente no primeiro jogo da atual temporada 2017/2018 em substituição ao suspenso Kentavious Caldwell-Pope. Depois disso, nada, zero, nadica, nenhum minuto sequer mais jogando pelo Lakers.

E o pior. Em todas as demais partidas, com exceção da do dia 3 de novembro contra o Brooklyn Nets, o sudanês nem no banco de reservas ficou, sendo listado pelo Lakers como "inativo", ou, em português claro, fora dos atletas disponíveis para os jogos. Seu salário, o terceiro maior do time pro campeonato, é de incríveis US$ 17,1 milhões, ou aproximadamente R$ 56,6 milhões.

Sem saber o que fazer com Deng, que joga na mesma posição dos jovens Kyle Kuzma e Brandom Ingram, destaques do time na temporada, o Lakers tenta trocá-lo desesperadamente mas com mais dois anos e mais de US$ 36 milhões em salário a franquia não encontra nenhum time disposto a arcar com os custos de alguém que já tem 32 anos e cujo físico demonstra sinais de fraqueza no mínimo desde 2015. De acordo com fontes ouvidas pela imprensa norte-americana, Magic Johnson já se convenceu de que terá que arcar com os salários do camisa 9 pelos dois próximos anos nem que para isso seja necessário deixá-lo no banco de forma definitiva.

Uma alternativa louca mas viável para Los Angeles seria rescindir o contrato dele e pagar seus salários no ato, mas contando para fins de folha salarial da NBA pelos quatro anos seguintes (o Portland Trail Blazers fez isso quando recebeu Anderson Varejão recentemente). Ao invés de aparecer no orçamento de 2018 e 2019 os US$ 18 milhões/ano, para a liga surgiria o número de US$ 9 (36 divididos por quatro campeonatos). Com uma folha salarial menos inchada, isso ajudaria os Lakers, por exemplo, a contratar agentes-livres em 2018, quando sonha em ter LeBron James em seu elenco.

Enquanto sonha com LeBron, por enquanto o grande dilema de Magic Johnson não se chama Lonzo Ball, armador calouro que ainda não engrenou, mas sim Luol Deng, cujo salário impacta diretamente nos próximos passos do que a franquia Lakers poderá ser daqui pra frente.

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