A chegada de Leandrinho a Franca - bom pra ele, pro NBB e pro seu novo time
E o que era um imenso namoro virou casamento oficializado ontem. Franca anunciou a contratação de Leandrinho até o final da temporada no meio da tarde e logo em seguida as redes sociais entraram em polvorosa com o que pode vir a ser o time comandado por Helinho, que quando era jogador foi um dos maiores incentivadores do então iniciante Leandrinho.
Dá pra analisar a notícia por três vieses. Vamos lá:
1) Para Leandrinho, de 35 anos, é uma oportunidade de jogar, e jogar diante de um torcedor fanático. Nem sempre amado pelo torcedor brasileiro quando vestiu a camisa da seleção, creio que será ótimo pra ele, no atual estágio da carreira e já tendo ganho muita coisa (financeiramente e esportivamente na NBA), vivenciar um pouco do basquete brasileiro. Em termos técnicos não há dúvida que ele sobra por aqui. Dá pra imaginar partidas com números absurdos e um domínio dele em relação aos rivais. Ele, que precisará de uma fase de adaptação até retomar seu ritmo normal, já jogou NBB por Flamengo e Pinheiros, mas creio que estar neste momento da competição seja especial por ser a décima edição.
2) Para Franca, eis uma contratação que muda o time de patamar no cenário nacional. Se as chegadas de Léo Meindl, Jefferson William e Rafael Mineiro colocaram a equipe em uma posição boa para chegar entre os 4 primeiros do NBB, agora a coisa muda de figura – e pra melhor. Trazer um cara capaz de despejar 20/25 pontos por jogo e ser decisivo como nenhum outro atleta pode ser por aqui faz dos francanos favoritos ao título nacional. Não quer dizer quer irá ganhar, mas com Leandrinho a cidade se coloca entre as postulantes ao caneco.
Tenho apenas um receio que é em relação ao contrato dele – não sei se há alguma cláusula que permite liberação imediata em caso de proposta da NBA, como era quando Leandrinho jogou no Pinheiros. No time de São Paulo foram 8 jogos, 20,8 pontos por jogo e logo em seguida ida para o Phoenix Suns.
3) Se pra Leandrinho e Franca a notícia é boa, o que dizer para o NBB, que completa 10 edições e ganha "de brinde" um porta estandarte como o cara que tem um título de NBA em seu currículo? Pro ótimo departamento de comunicação da Liga Nacional será um prato cheio. Agora é trabalhar a imagem do atleta e "bombar" de vez um campeonato que já prometia bastante.
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