Eliminação na Sul-Americana e outro ano sem título internacional - o começo de temporada do Flamengo
A temporada 2017/2018 que tinha tudo pra ser histórica para o Flamengo por se tratar da última do grande ídolo Marcelinho Machado começa de maneira que nem o mais pessimista rubro-negro poderia imaginar.
Sonhando em vencer a Sul-Americana para voltar a Liga das Américas, maior competição do continente, o Flamengo jogou bem a primeira etapa, foi a sede da semifinal nesta semana no Rio de Janeiro e tinha pela frente Estudiantes de Concórdia, da Argentina, o fraco Olimpia, do Paraguai, e o Pinheiros, de São Paulo.
Só que duas derrotas na largada, contra paraguaios (a primeira para times do país em competições oficiais) e o clube de São Paulo, eliminação consumada e vitória de consolação por 89-75 contra os argentinos na rodada derradeira fizeram com que a eliminação viesse e um princípio de crise se instalasse na Gávea. Fica a pergunta: é pra tudo isso ou não?
A resposta, pra mim, é um sonoro "não". É óbvio que todos no Flamengo queriam chegar à decisão da Liga Sul-Americana, o investimento do time é altíssimo, o elenco é MUITO melhor que o de seus adversários nesta semifinal da Liga Sul-Americana, os atletas tiveram performances muito ruins em quadra e José Neto poderia ter feito um trabalho melhor como comandante do time. A apatia apresentada nas três partidas dessa semana e também um ataque bastante estático chamaram a atenção, mas sinceramente acho um exagero absurdo colocar uma pressão acima do normal no clube, como se o rubro-negro tivesse a obrigação de ganhar tudo o que disputa.
Não é bem assim, e no basquete há um fator muito importante (meio clichê, mas vale repetir) chamado "entrosamento". O Flamengo contratou quatro novos reforços (Cubillan, Pecos, Pilar e MJ Rhett), tem a volta de Humberto, que ficou muito tempo lesionado e tenta reencontrar seu melhor ritmo, e um punhado de veteranos que historicamente precisam de tempo para encontrar o melhor ritmo durante a temporada (Marcelinho, Marquinhos, Olivinha e JP Batista).
Não creio que seja uma combinação fácil de resolver, ainda mais em começo de trabalho. A torcida gritar, como ouvimos essa semana no Tijuca, "time sem vergonha" beira a insanidade para um grupo que conquistou de tudo um muito nos últimos anos. Um pouco mais de carinho e sobretudo de respeito aos atletas e aos técnicos não faria mal, não.
Sei que o Flamengo é sempre um caldeirão, uma pressão absurda e uma "irracionalidade apaixonada" que ao mesmo tempo encanta e alucina. Espero, sinceramente, que neste momento de tensão torcida, diretoria, comissão técnica e atletas tenham a cabeça no lugar para superar este momento. Se os títulos internacionais não vieram, a bola da vez agora é se preparar para fazer um ótimo NBB e, quem sabe, retomar o caneco perdido em 2016/2017. Seria um fecho de ouro e perfeito para Marcelinho Machado.
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