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Bala na Cesta

NBB começa recheado de patrocinadores e aposta em 'times de camisa' pra crescer ainda mais

Fábio Balassiano

04/11/2017 06h02

Começa neste sábado a décima edição do NBB. Às 14h Bauru e Paulistano jogam na capital de São Paulo na reedição da decisão passada que viu o time bauruense conquistar o título inédito (Band e Sportv exibem). Maior disputa de basquete do país, o campeonato terá 15 times de 8 Estados e 3 Regiões do país (Sudeste, Sul e Nordeste), transmissão em quatro plataformas (Twitter, Facebook, BandSports e Sportv pela TV fechada e Band na TV Aberta), parceria com a NBA e uma prova que a Liga Nacional de Basquete, organizadora do NBB, está na contramão do esporte brasileiro.

Em momento de crise econômica, a Liga Nacional de Basquete prospera em relação a patrocinadores. São seis para a temporada 2017/2018, um número realmente assustador quando olhamos para de Comitê Olímpico a clubes, passando por Confederações e Federações Estaduais.

Em 2016, a Caixa assinou por quatro anos para ser a principal apoiadora da competição. A Sky renovou a parceria para esta temporada. Avianca, Nike, Penalty e a recém-chegada Infraero completam o extenso time de mantenedores do NBB, que, para 2017/2018, aumentou em 5% as suas receitas em relação ao campeonato passado. O incremento de verba servirá para a entidade impulsionar ideias inovadoras, como, por exemplo, as mais de 40 transmissões online por Twitter e Facebook. Em outra prova de avanço e ineditismo em breve a Liga Nacional afirma que pretende lançar um serviço de streaming (espécie de Netflix ou NBA League Pass) do campeonato.

"Acreditamos que o nosso modelo de gestão, que tem em sua base a credibilidade, o planejamento e a seriedade chamam a atenção do mercado. A gente sabe que neste momento de crise econômica do país as empresas estão enxugando investimentos cada vez mais e buscando as melhores oportunidades de patrocínio para suas marcas. É natural e quanto maior for o retorno, melhor para as empresas. Acho que somos procurados porque temos alcance com as transmissões em mídias distintas como redes sociais, TV's Fechadas e TV Aberta, abrangência nacional, times de futebol muito conhecidos disputando o campeonato e uma vontade muito grande de transformar o esporte em entretenimento para as famílias brasileiras.Ficamos felizes de sermos olhados pelo mercado como um bom produto", diz o entusiasmado João Fernando Rossi, presidente da Liga Nacional de Basquete.

Outra aposta da Liga Nacional para a temporada é nos famosos "times de camisa", ou seja, os clubes de futebol que possuem equipes de basquete profissional no NBB. Maior campeão com cinco títulos e maior torcida do país (aproximadamente 32 milhões de pessoas), o Flamengo manteve a base e terá o último ano de Marcelinho Machado, ídolo máximo da história basqueteira do rubro-negro. Muito reforçado e indo pra sua segunda temporada, o Vasco (7 milhões) também está entre os favoritos ao caneco. Surpresa do campeonato passado, quando chegou à semifinal, o Vitória traz mais de 2,6 milhões de torcedores para perto do basquete. Estreante, o Botafogo tem 3,2 milhões de pessoas que poderão passar a se conectar com a modalidade.

"É difícil mensurar isso em números de forma precisa, mas se contarmos as torcidas de Flamengo, Vasco, Vitória-BA e Botafogo e das cidades envolvidas temos um público de mais de 65 milhões de brasileiros para atingir. É quase um terço da população do país e isso nos anima muito pois o potencial é gigantesco. Aliar estas marcas famosas do futebol a polos tradicionais como Franca, Mogi, Bauru, Sorocaba e Joinville, a cidades como Caxias do Sul, Campo Mourão e Fortaleza e a clubes formadores como Pinheiros, Minas e Paulistano é uma combinação realmente muito boa. A gente fala em paixão, formação, localidades que abraçam o esporte e muito mais. São pessoas que querem ter uma experiência esportiva diferente, viver o basquete em família com tranquilidade, alegria e entretenimento. O maior exemplo disso foi no Jogo das Estrelas de 2017, em São Paulo, quando enchemos o Ibirapuera com famílias inteiras aproveitando um domingo que teve muito basquete, música com o show do Jota Quest, comida e atrações fora do ginásio. Nossa ideia é fazer com que o Jogo das Estrelas se prorrogue para todas as partidas da temporada", analisa Rossi.

Abaixo o vídeo promocional do NBB para a temporada, que enfatiza o aspecto de diferenciação que a Liga Nacional conseguiu trazer para o basquete em relação a credibilidade sobretudo.

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