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Bala na Cesta

Revelações, Damiris e Raphaella lideram Americana e Uninassau na final da LBF

Fábio Balassiano

22/04/2017 01h00

Marcello Zambrana

A final da Liga de Basquete Feminino que começa neste sábado (11h, com transmissão do Sportv2) em Americana colocará frente a frente os dois times que mais investem na modalidade há muito tempo por aqui. Corinthians / Americana x Uninassau (Recife) medem forças na melhor de cinco jogos e têm como líderes de seus elencos duas atletas jovens e com potencial incrível para brilhar não só com as camisas de seus clubes mas também com a da seleção brasileira.

Mais experiente, Damiris, do Corinthians, já jogou duas olimpíadas (2012 e 2016), tem 24 anos, é a cestinha e a única atleta da temporada a ter média de 20 pontos. Do outro lado estará Raphaella Monteiro, uma das melhores atletas e maior revelação do atual campeonato. Formada nas divisões de base da Mangueira, a carioca de 22 anos teve 13,7 pontos e 7,9 rebotes para ser a cestinha de um time que conta com jogadoras experientes como Ariadna, Gil e Kelly.

Raphaella Monteiro (Robson Neves / Divulgação)

BALA NA CESTA: Qual a expectativa para essa final? Americana e Uninassau têm se enfrentado bastante nos últimos anos, mas nesta decisão os elencos são bem diferentes.
RAPHAELLA MONTEIRO: As expectativas para a Final da LBF contra o Corinthians são as melhores possíveis. Vai ser muito complicado, sabemos, mas estamos preparadas para ir para a guerra mais uma vez.
DAMIRIS: As expectativas são as melhores para a Final da LBF. Nosso time cresceu no decorrer do campeonato. Chegamos muito bem na semifinal com o time inteiro saudável, sem ninguém machucado, que era nosso grande medo, e com muita vontade de vencer. Estamos confiantes para a série e tenho certeza que serão grandes jogos contra o Uninassau. Um fator muito positivo da nossa equipe é a base de nosso elenco, que vem jogando junto há algum tempo. Faz quatro anos que eu estou no basquete de Americana e a gente vem sempre mantendo esse time base. Isso acaba fazendo nossa equipe mais forte a cada temporada da LBF.

Damiris (João PiresLBF)

BALA NA CESTA: Você é jovem e faz parte certamente do novo ciclo que a seleção brasileira feminina entrará a partir de agora. Acha que está pronta para assumir o desafio de ser uma das responsáveis por recolocar o basquete brasileiro no topo novamente?
DAMIRIS: Acredito que eu faça parte, sim, desse novo ciclo que está por vir da Seleção Brasileira feminina. E também acredito que venho sendo preparada desde aos meus 17 anos para isso. Adoro desafios em minha vida e me sinto preparada e confiante para esse. É claro que tem muito trabalho para ser feito, mas estou preparada e aberta para aprender muito. Meu foco está em ajudar a Seleção Brasileira e o basquete brasileiro.
RAPHAELLA: Sim, assumo esse desafio. Sempre digo que tudo tem seu tempo para acontecer, e quando a minha hora chegar certamente estarei mais do que preparada para vestir e honrar a camisa verde e amarela da Seleção Brasileira adulta.

Robson Neves

BALA NA CESTA: Qual é a maior qualidade do seu adversário nesta final da LBF?
RAPHAELLA: A principal qualidade do nosso adversário é a união delas, a forma como elas conseguem jogar juntas coletivamente falando.
DAMIRIS: O elenco do Uninassau é muito aguerrido, assim como o nosso e isso será muito legal de ver em quadra. O talento individual do Uninassau também é destacável e todo esse talento junto acaba dando muito certo. Temos que ter muito cuidado em todos os jogos e temos que entrar atentas no nível máximo pois vamos enfrentar um time que não desiste fácil.

João Pires / LBF

BALA NA CESTA: Em um momento tão difícil do basquete feminino, o que este possível título da LBF pode representar pra você?
DAMIRIS: Todo título na minha vida representa muitas coisas, mas esse da LBF seria o mais especial. O basquete brasileiro está passando por uma fase complicada mas vemos que um recomeço, está havendo mudanças com pessoas que amam o esporte cada vez mais ligadas a ele. Então sair de uma temporada como campeã só daria mais força de vontade para continuar brigando por esse esporte maravilhoso.
RAPHAELLA: Um título da LBF nessa temporada representa pra mim um começo de uma história bem bonita que o basquete feminino brasileiro pode, deve e tem que escrever de novo.

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