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Bala na Cesta

O janeiro de 2017 dos brasileiros na NBA – Como eles foram?

Fábio Balassiano

06/02/2017 01h00

Desde o início da temporada 2016/2017 estou colocando no blog o desempenho dos brasileiros na NBA. Os números, uma leve pincelada, os destaques, essas coisas. Vamos lá ao primeiro mês de 2017?

RELEMBRANDO NOVEMBRO/2016 & RELEMBRANDO DEZEMBRO/2016

O JANEIRO DE 2017 DOS BRASILEIROS

Janeiro

ACUMULADO DA TEMPORADA 2016/2017

Acumulado

a) Anderson Varejão -> Acho quase irrelevante falar do mês de janeiro de Anderson Varejão sabendo que no começo deste fevereiro o pivô foi dispensado do Golden State Warriors, né? Não dá pra dizer que é surpresa, porque o seu desempenho de fato não foi bom com a franquia de Oakland, mas é triste do mesmo jeito. Agora fica a pergunta: ele conseguirá outro time na NBA? Ou sua história na melhor liga de basquete do mundo terminou? Vamos esperar um pouco!

caboclo1b) Bruno Caboclo -> Caboclo praticamente não jogou na NBA, mas voltou a disputar muitos jogos na D-League pelo Toronto 905, onde é treinado por Jerry Stackhouse, um ótimo ala na NBA na década de 90. Foram 9 partidas pela filial do Raptors com 10,1 pontos de média, sendo em três oportunidades com o ala alcançando 14+ pontos e 7+ rebotes. Ainda é muito cedo pra projetar qualquer coisa sobre o jogador que completará 22 anos apenas em setembro de 2017. Bruno está sendo preparado pela franquia, que tem muita paciência com ele. Não é certeza que irá vingar, mas é um trabalho de longo prazo e convém esperar no mínimo até 2017/2018. Este é mais um ano de aprendizado para ele no Canadá.

felicio1c) Cristiano Felício -> Mais um mês de evolução para Felício no Bulls. É realmente o pivô reserva na caótica rotação do técnico Fred Hoiberg e tem uma qualidade que o seu titular, Robin Lopez, não possui – ele tem arremesso de média e longa distância, conseguindo espaçar muito bem a quadra e permitindo situações de infiltração de seus companheiros como Lopez não consegue fazer. Em janeiro, em três oportunidades, Felício passou dos 10 pontos e em duas conseguiu duplo-duplo (11+11 contra o Thunder e 12+10 contra o Magic. Em 7 jogos passou dos 20 minutos em quadra. Aos 24 anos e em seu último ano de contrato, o pivô vai mostrando que, sim, merece estar na liga. Ótimas chances de ele conseguir um novo, e gordo, contrato na próxima temporada.

d) Leandrinho -> O ano de Leandrinho começou com uma partida de 10 pontos em 13 minutos contra o Miami em casa. Poderia-se esperar que fosse dali pra melhor, mas não foi além, não. Ele mais uma vez jogou pouco, e apenas em 26 de janeiro, com 9 pontos em 16 minutos contra o Denver, teve algum destaque. Como Eric Bledsoe e Devin Booker, armadores titulares, têm ido muitíssimo bem, fica cada vez mais restrita a presença do brasileiro em quadra por muitos minutos.

lucas1e) Lucas Bebê -> Janeiro só não foi melhor para Lucas porque no jogo contra o Nets, no Brooklyn, em 17 de janeiro, ele teve uma concussão na cabeça. Estava sendo titular junto com Jonas Valanciunas, mas perdeu os dois jogos seguintes, fazendo com que sua performance não fosse ainda melhor (Patrick Patterson voltou para a posição quatro, e o brasileiro para o banco de reservas, de onde sai para ser o cadeado defensivo da segunda unidade). Bebê se firmou como pivô reserva e faz parte, de forma firme e consistente, da rotação do Toronto Raptors. Teve 13 pontos contra o Phoenix, 10 contra o Nets, 9 contra o Bucks e dois jogos com 4 tocos. Ah, e o cara agora está arriscando bolas de fora. Contra o Suns e Nets ele converteu duas.

f) Marcelinho Huertas -> Seis jogos, sempre com eles decididos e nada de relevante para Huertas em janeiro na NBA. É uma pena, torna-se repetitivo dizer isso aqui, mas a realidade é que já passou da hora de ele procurar novos ares. Ali, pelo visto, não vai acontecer nada pra ele mesmo. E digo isso com a certeza de que em alguma franquia com espaço para ele Huertas tem tudo para mostrar seu talento. O cara é muito, muito bom.

nene1g) Nenê -> Mês incrível para Nenê na NBA. Aproveitou cada segundo que esteve na quadra, teve atuações sensacionais como a contra o Sixers (21 pontos e 6 rebotes em 27 minutos) e contra o Bucks (17 pontos e 8 rebotes) e mostrou porque está há 14 temporadas no mercado de basquete mais difícil do mundo. Aos 34 anos, ele é uma peça pra lá de importante na rotação de Mike D'Antoni no Houston Rockets. Contra o Minnesota, em 11 de janeiro, ele inclusive matou uma bola de três pontos. Diante do Oklahoma, lá no começo de 2017, lances-livres fatais contra o OKC. Bem legal, Nenê! Arrebentou!

h) Raulzinho -> Outro que está em situação difícil na NBA. Passou pela D-League, quando esteve em quadra não foi muito bem e vê a concorrência (Shelvin Mack, Dante Exum e Alec Burk) comendo todo o tempo de quadra na armação que conta com o titular George Hill (este muitíssimo bem aliás). O mais complicado para Raulzinho deve ser segurar a ansiedade por querer mostrar serviço em pouco tempo de quadra sem parecer individualista. Torçamos para que ele ou encontre espaço em Utah ou que outra franquia aposte suas fichas no garoto de 24 anos.

i) Tiago Splitter -> Splitter ainda não estreou na NBA ainda. Deve retornar agora em fevereiro, depois do All-Star Game. Já faz trabalhos na quadra e treina normalmente com o seu time.

E você, o que achou do mês de janeiro dos brasileiros? Comente aí você também!

Sobre o blog

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