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Bala na Cesta

Fora do Warriors, fica a pergunta: pivô brasileiro Anderson Varejão ainda tem espaço na NBA?

Fábio Balassiano

04/02/2017 14h00

andy1A notícia do ótimo Woj, do The Vertical, pegou a todos de surpresa na tarde de ontem: o Golden State Warriors optou por dispensar o brasileiro Anderson Varejão para abrir espaço em sua folha salarial para contratar o armador Briante Weber, assinou um contrato de 10 dias, prática comum na NBA.

Seguindo as regras da NBA, o brasileiro entra no que é conhecido como "Waivers" a partir deste sábado. Caso algum clube "pesque" ele de lá nos próximos três dias, Varejão terá que seguir para seu novo destino sem poder de escolha. Se este período passar ele poderá receber propostas e assinar com as outras 29 franquias da NBA, inclusive com o Cleveland, que o trocou na temporada 2015/2016. Se o Cavs desejar contratá-lo, precisa apenas esperar até 20 de fevereiro, prazo dado pela liga para que um atleta retorne ao time pelo qual ele fora trocado anteriormente. Mas de acordo com o jornalista Sam Amico, não é o desejo do time de Ohio, não.

andy2A grande pergunta que se faz é: Anderson Varejão, que tem as médias de 1,3 pontos e 1,9 rebotes em 6,6 minutos dos 14 jogos que atuou na temporada 2016/2017 (apenas uma vez ficou mais de 10 minutos em quadra…), ainda tem bola para ficar em uma NBA cada vez mais física, rápida e recheada de pivôs que sabem arremessar de longe?

O brasileiro tem 34 anos e sempre baseou muito de seu jogo em sua luta (física) perto da tabela. Com o potencial físico decaindo (naturalmente) devido a idade, sua grande qualidade não é mais um diferencial competitivo. A princípio, portanto, a resposta é "não" (e ela é até a mais provável mesmo), mas creio que alguns times poderiam se interessar em um atleta experiente, com três finais de NBA no currículo e ótimo de grupo (Clippers, Thunder, agora que está sem o turco Enes Kanter, Celtics e Pacers são alguns dos nomes que me surgem rapidamente na cabeça). Não que ele seja um jogador que mude os rumos de um time no playoff, mas Anderson está longe de ser um atleta tão ruim como vejo muita gente escrevendo. Se o seu melhor momento já passou, o que é óbvio, não creio que ele seja assim tão descartável, não.

Na real, na real mesmo, o momento é de tristeza para Anderson Varejão, deixado de lado por uma franquia pela segunda vez em pouquíssimo tempo. Agora é esperar para saber se alguma proposta virá ou se o seu caminho será longe do basquete norte-americano. Não dá pra cravar ainda que este é o final de sua história de quase 13 anos no melhor basquete do mundo.

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