Os 30 da NBA: Com buraco no elenco, Hornets querem seguir na elite do Leste

A temporada 2015/2016 da NBA não foi ruim para o Charlotte Hornets. Foi a melhor campanha desde que Michael Jordan tornou-se o dono da franquia (48 vitórias), a primeira vitória no playoff veio e se avançar de fase não foi possível devido a eliminação no agônico sétimo jogo contra o Miami Heat na Flórida ao menos a torcida conseguiu ver o esboço de um time e a consolidação de Kemba Walker como um dos melhores armadores da liga. O problema para 2016/2017 é: sem três peças importantes (Jeremy Lin, Al Jefferson e Courtney Lee saíram), será que a equipe consegue manter o bom nível?

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Aparentemente a resposta é não. Se renovou com Nicolas Batum e Marvin Williams (pagou MUITO pelos dois), não trouxe nenhum reforço de peso para suprir as ausências de Big Al, Lee e Lin. Vieram, na verdade, os restos físicos e mentais do pivô Roy Hibbert, que tem feito água nos últimos três anos de NBA após ser All-Star pelo Indiana Pacers (que decaída a deste rapaz…), os armadores Ramon Sessions e Brian Roberts, além do bom ala italiano Marco Belinelli. Se não dá pra chamar de decréscimo, embora eu acho que é, dá pra dizer que é uma estagnação em Charlotte. O que, pela melhora do Leste com Chicago, Knicks e até mesmo Indiana crescendo, é um péssimo sinal.

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A princípio o que dá pra sentir é que a diretoria do Hornets confia demais nos desenvolvimentos de Jeremy Lamb, Frank Kaminsky (foto), Michael Kidd-Gilchrist e Cody Zeller, peças jovens que podem render algo nos próximos anos. Ao meu ver, porém, há um erro de concepção na Carolina do Norte ao dar boladas de dinheiro para atletas não mais do que medianos como os já citados e também para Nicolas Batum, que está num patamar acima dessa galera, mas que receberá surreais US$ 120 milhões pelos próximos cinco anos. Pagar excessivamente jogadores razoáveis fez com que mesmo com o crescimento da folha a franquia não tivesse fôlego para segurar as três peças que mudaram de casa nesta temporada.

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Agora não há mais remédio e os Hornets, do excepcional técnico Steve Clifford (foto), terão que encarar a temporada com um elenco que é bom, mas não mais do que isso.  Kemba Walker tem tudo para ser um All-Star, mas pro Charlotte melhorar neste certame é a vez de Nicolas Batum (14,9 pontos, 6,1 rebotes e 5,8 assistências) melhorar ainda mais as suas performances.

Prevejo uma incessante briga por vaga no playoff, mas uma queda no número de triunfos em relação ao campeonato passado. Não dá para Clifford fazer muita coisa com um elenco claramente menos capacitado que o de 2015/2016.

Campanha em 2015/2016: 48-34
Projeção para 2016/2017: Briga por Playoff (entre 41 e 48 vitórias).
Olho em: Kemba Walker