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Bala na Cesta

Ao menos no sorteio olímpico seleção brasileira feminina se deu bem

Fábio Balassiano

14/03/2016 06h00

femininoOntem analisei aqui o cenário que ficou preparado para a seleção masculina após o sorteio olímpico realizado na sexta-feira. Mas o que aconteceu para a equipe nacional feminina dirigida por Antonio Carlos Barbosa? Em uma primeira vista, as meninas se deram até que bem. Antes de explicar, ressalto que, tal qual com os rapazes, os cinco times que sairão do Pré-Olímpico Mundial serão sorteados (três pro grupo brasileiro, dois para o dos Estados Unidos).

franca1Para as meninas a dificuldade será claramente menor do que a que poderia acontecer. Ainda há três equipes que entrarão na chave, e pode ser que ali entrem, por exemplo, Turquia, Espanha e França (atual vice-campeã olímpica e na foto ao lado), o que torna tudo mais difícil. Mas pelo que já temos, é possível comemorar que a Sérvia, campeã europeia, não está na chave brasileira – e muito menos os Estados Unidos. Com isso, entraram de cara Austrália (com o final de sua melhor geração – em viés de queda, é bom que se fale isso) e o Japão, país que o Brasil historicamente sempre se deu bem devido ao potencial físico maior.

barbosa1Se não é o melhor dos mundos, pois em Olimpíada não há nada tranquilo, ao menos não há bicho de sete cabeças no grupo, embora a ordem dos primeiros jogos (Austrália em 6/8 e Japão no dia 7 ou 8) pudesse ser invertida. Sorte maior seria apenas se Senegal viesse no lugar do Japão, mas aí seria pedir demais.

O problema da seleção feminina, portanto, não está na chave que será formada. O problema, e isso sabemos bem, é o dentro de quadra (a parte técnica e tática mesmo). Com o aporte do Ministério do Esporte espera-se que a CBB dê a Barbosa e ao elenco ótimos amistosos e uma preparação impecável. Se isso acontecer, e se o treinador conseguir dar um bom padrão de jogo para um grupo que, diga-se, não é lá muito forte, aquele mico colossal que todos esperavam pode ser que não aconteça.

barbosa1Mantenho meus dois pés atrás em relação a seleção feminina nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A diferença é que depois de sexta-feira creio que a eliminação não acontecerá na primeira fase – como muita gente estava projetando.

Creio que a equipe avance às quartas-de-final, e aí vai depender do cruzamento para chegar a uma semifinal. Tem muita coisa para acontecer ainda, mas o começo de 2016 para Barbosa e companhia está sendo razoavelmente animador. O foco, agora, é treinar – e treinar bem – para entrosar o grupo até a estreia olímpica.

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