Tudo ou nada - o caminho da seleção masculina no Rio-2016
Saiu ontem o sorteio dos grupos das Olimpíadas de 2016. E não foi nada bom para a seleção brasileira masculina. Sei que ainda há muita coisa até os Jogos começarem em agosto, mas a primeira vista o que se viu não foi muito agradável, não. As chaves estão aqui ao lado, e os quatro primeiros se classificam para as quartas-de-final. Antes de começar, vamos esclarecer aqui: as posições dos Pré-Olímpicos serão definidas em outros sorteios. Além disso, dias e horários ainda não foram definidos pela FIBA e nem pelo Comitê Organizador.
Para a seleção brasileira, é o grupo da morte mesmo. Dá para "ler" isso de duas maneiras: 1) O sorteio foi muito ruim, pois essa chave é complicada e passar de fase será muito difícil; 2) A chave difícil não é ruim, pois se passar o grupo de Rubén Magnano ganha confiança para as quartas-de-final e para a luta por medalhas. Não há, ao menos na minha cabeça, um meio termo entre ir muito bem e ir muito mal (em termos de resultado) portanto. Cair na primeira fase é o pesadelo. Passar de fase traz a chance de enfrentar alguém do outro grupo com REAL oportunidade de avançar a uma semifinal olímpica (duas chances para conquistar uma medalha portanto).
Pelo lado otimista ou pelo menos animado, a verdade é que, tirando um pouco a Nigéria de lado, serão cinco países de alto nível (Espanha, Lituânia, de Jonas Valanciunas – na foto -, Argentina, com Ginóbili, Scola e companhia, Brasil e quem vier do Pré-Olímpico Mundial) brigando por quatro vagas. Na real, por três vagas, pois quem passar em quarto lugar deve pegar os Estados Unidos. Quem quiser fugir do elenco forte de Coach K até a decisão do ouro, aliás, deve ter isso aqui em mente: passar em primeiro ou terceiro é imperativo (a Espanha, em 2012, lembra bem, né?).
Para dificultar ainda mais as coisas para o Brasil, o calendário de jogos prevê, de cara, Lituânia (vice-campeã européia), Espanha (prata em 2008 e 2012, campeã européia), o time do Pré-Olímpico Mundial e Argentina, com a Nigéria sendo a última a enfrentar a equipe nacional. Ou seja: da estreia a quarta rodada não haverá um segundo de respiro, de jogo mais tranquilo. A grande vantagem disso tudo é que se passar da primeira fase (algo que acredito) terá o quinto jogo contra um rival menos forte e depois dois eventuais dias de descanso até as quartas-de-final – esta, sim, O jogo da geração, pois é o que leva a partida das medalhas.
Então é isso: a chance derradeira desta geração de Anderson Varejão, Huertas, Leandrinho, Nenê e Alex Garcia conquistar uma medalha pela seleção brasileira será no melhor estilo "tudo ou nada" (All-In, no jargão do Poker) desde quando a bola quicar no Rio de Janeiro.
E você, o que achou? Está mais animado depois do sorteio de ontem? Ou complicou para a seleção brasileira masculina? Comente aí!
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