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Bala na Cesta

No Final Four da Liga das Américas, o momento da virada para Mogi

Fábio Balassiano

25/02/2016 01h01

mogi2A temporada 2015/2016 começou enrolada para Mogi. O time perdeu a final do Paulista em casa contra São José, o técnico Paco Garcia pediu demissão logo em seguida, a equipe foi eliminada de maneira precoce na Liga Sul-Americana, perdeu jogos até certo ponto "ganháveis" no NBB e só entrou na Liga das Américas porque Brasília acabou com o troféu, beneficiando outra agremiação do país a entrar na competição.

O cenário não estava muito bom até começar a Liga das Américas. Em Santiago, República Dominicana, os comandados de Danilo Padovani venceram o Malvin, o Metros local e o Leones de Quilpue e ganharam confiança. Veio a fase semifinal em Bauru e era a chance de não só ganhar nova dose de confiança mas também de se colocar entre os grandes no Final Four do torneio.

danilo25Deu certo. O time jogou muito bem contra Bauru e Malvin, avançou em primeiro do grupo e agora espera o segundo colocado do grupo que tem Guaros, Flamengo, Brasília e Correcaminos (jogos a partir de sexta-feira). Mais do que já estar entre os melhores do continente, e isso é coisa pra caramba, para os mogianos pode ser que a fase semifinal da Liga das Américas represente o momento-chave na temporada.

Conversei com Shamell, um dos líderes da equipe, sobre isso no final do jogo contra o Malvin, e ele concorda com esta tese, principalmente porque o técnico Danilo, novato na função, precisava de uma espécie de validação (nos resultados) de seu bom trabalho com a equipe. E essa "validação" veio com a classificação e com as boas apresentações.

nbb3Agora Mogi precisa manter a consistência no NBB (principalmente a defensiva), onde está na sexta colocação com 12-7 (enfrenta hoje Franca às 20h com transmissão do site da LNB), para ir bem não só na competição nacional como quem sabe para beliscar o inédito título da Liga das Américas. Faltam dois jogos para a grande glória que seria conquistar o caneco continental. Manter a chama acesa do que foi obtido em Bauru na semifinal do torneio é mais do que fundamental.

Para um elenco que jogava abaixo das suas capacidades (técnicas, táticas e coletivas) no começo da jornada, o que se viu no ginásio Panela de Pressão deve servir de espelho para a equipe mogiana. Jogar com a intensidade, disciplina e entrega que foram vistas em solo bauruense é meio caminho andado para terminar a temporada de maneira bem diferente daquela que começou a caminhada em 2015.

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