Breves notas da Liga das Américas em Bauru
1) Grego e Carlos Nunes, ex e atual presidentes da Confederação Brasileira, eram unha e carne em Bauru. Andaram juntos a todo tempo. Juntos e quase sempre acompanhados de Antônio Carlos Barbosa, técnico da seleção feminina que mora na cidade e os guiou em solo bauruense. Um personagem do basquete brasileiro passou por mim quando viu a dupla sorrindo e disse: "Quanto mais eles ficam lado a lado menos eu acredito na modalidade".
2) Sobre Barbosa, morador de Bauru e a quem entrevistei em matéria que vocês verão na próxima semana, vale dizer: o veterano treinador, que já viajou para Recife para ver América x Americana, verá nesta semana Presidente Venceslau x Maranhão. E vai viajar de carro para assistir. "Não faço mais do que minha obrigação. É o mínimo que um treinador deve fazer. Se eu não olhar as meninas jogando, quem vai vê-las?", ele me disse. Ele tem total razão. O problema é que o antigo treinador (Zanon) nem isso fazia.
3) E falando em obrigação (ou do não cumprimento dela), causou estranheza que Rubén Magnano (técnico da seleção brasileira masculina) e Vanderlei (Diretor Técnico) não tenham aparecido nem para uma fase semifinal de Liga das Américas em Bauru. O treinador da seleção brasileira, presença anual em ginásios da NBA e bissexta em partidas de basquete em solo brasileiro, não se deu ao trabalho de ver Alex, Fischer, Hettsheimeir e Larry Taylor, jogadores convocáveis para a Olimpíada do Rio de Janeiro. É um absurdo sem tamanho…
4) Causou espanto o fato de o Sportv não exibir ao vivo as partidas de sábado e domingo da Liga das Américas. De acordo com um influente dirigente brasileiro, já foi mais tranquila e favorável a relação entre clubes (e da própria Liga Nacional de Basquete) o canal campeão. Não pegou bem o fato de termos uma fase semifinal de Liga das Américas no Brasil, com dois times brasileiros, e quase nada sendo exibido na TV ao vivo.
5) Não é comum no Brasil, sabemos disso, mas já vi trabalhos muito bons em termos de marketing esportivo / comunicação esportiva. O que vem sendo feito por Bauru, por sua vez, chama atenção positivamente por ir além do esperado (e no basquete, onde a carência neste sentido é imensa). O time, muito presente nas redes sociais, agora tem uma Web TV. Além disso, na área de imprensa havia um folheto com o histórico da equipe na Liga das Américas e conquistas recentes. Durante as partidas, shows de dança e brincadeira para as crianças. Já conhecia (de longe) o que era feito, e saí da cidade bastante impressionado por ver de perto como o time consegue estar presente com a comunidade local. Muito legal e fala bastante do profissionalismo com que o basquete vem sendo tratado pela equipe.
6) Os jogadores do Quimsa contavam loucamente com uma vitória de Bauru contra Mogi no sábado para jogarem a partida de domingo contra os bauruenses de forma tranquila e apenas como decisão do primeiro lugar da chave. Como os mogianos ganharam de Bauru, a partida dos argentinos contra os donos da casa era de vida ou morte. No sábado, no hotel, a preocupação deles era visível. Os hermanos, atuais campeões argentinos, acabaram ficando pelo caminho.
7) Há uma nova moda entre os torcedores mirins. É pedir foto com o jogador, só que no formato selfie – e fazendo com o que o atleta segure o celular para tirar a foto. O motivo é simples: como os jogadores são altos, e os garotos/garotas muito mais baixos, o "ângulo perfeito da selfie" só existe mesmo quando a câmera está sendo segura por algum gigante. Essa brilhante técnica me foi explicado por uma criança de 9 anos – e obviamente eu não sabia disso. Ricardo Fischer, venerado pela molecada, terminou o jogo de domingo tão cansado das fotos quanto da partida em que atuou por 38 minutos contra o Quimsa.
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