Com 'turbo ligado', Flamengo enfrenta Franca hoje no Tijuca
Escrevi aqui essa semana que é nesta fase do ano que o Flamengo começa a ligar o "turbo" de sua máquina. Sabendo que a temporada é longa, e cujos prêmios principais começam a ser decididos agora (Liga das Américas e NBB), o técnico José Neto e a preparação física do rubro-negro "pegam pesado" no começo do ciclo, abrindo espaço para que o melhor estado físico e técnico comece a partir de agora.
Isso pôde ser visto na quarta-feira em um Tijuca lotado (e belíssimo, com quadra e luzes muito bem arrumados) contra um Bauru que deve (ou deveria?) ser o maior concorrente do Flamengo ao título do NBB. Jogando um basquete fortíssimo na defesa e coletivo ao extremo no ataque (23 assistências em 32 arremessos convertidos – ótimo índice!), os rubro-negros não tomaram conhecimento do forte rival, fizeram 30-13 no segundo período e venceram facilmente (e sem forçar muito) por 85-69 (foi a sexta vitória consecutiva do time no NBB).
Algumas coisinhas me chamaram a atenção. Com uma rotação de dez atletas de alto nível (Rafael Luz, Gegê, Robinson, Marcelinho, Marquinhos, Olivinha, Rafael Mineiro, JP Batista, Meyinsee e o recém-chegado Ronald Ramon), José Neto pode fazer mais ou menos como Gregg Popovich faz com o San Antonio Spurs (sem comparação do nível, mas sim do estilo e da mecânica pensada, por favor). Intensidade máxima de seus comandados na defesa, pressão na bola o tempo inteiro na marcação e incessante troca de passes no ataque. Não é coincidência que quarta-feira que estes dez atletas citados tenham jogado entre 15 e 22 minutos (todos eles!), tentando entre 11 (Ramon) e 21 (Marquinhos) pontos na partida. É um manual de jogo coletivo isso.
Se individualmente este Flamengo já seria fortíssimo e bem complicado de bater, quando joga assim de forma coletiva, concentrado e sem nenhum grau de vaidade a dificuldade (para os adversários) fica ainda maior. Como marcar tanta gente boa assim? Como deter um time que tem 10 armas que podem pontuar ou atacar a cesta com naturalidade? Vale a pena dobrar a marcação em Marquinhos (foto), um jogador muito acima da média para o nível interno brasileiro, sabendo que você pode, com isso, deixar livre outro ótimo jogador? São dúvidas que os rivais têm quando enfrentam o time de José Neto – e cujas respostas não são fáceis de se encontrar e muito menos de aplicar na quadra.
Hoje o Flamengo recebe Franca às 17h30 no mesmo ginásio do Tijuca (a partida será exibida pela Rede TV! ao vivo). É mais uma chance de ver quão forte é este time de José Neto e quão difícil será para todos os rivais, da América ou do Brasil, vencê-los tanto em Liga das Américas quanto no NBB.
O turbo foi ligado pelos rubro-negros. Vai ser muito complicado freá-los. Será que mais uma vez o Flamengo consegue vencer Liga das Américas e NBB na mesma temporada (como foi em 2013/2014)?
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