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Bala na Cesta

'Máquina de títulos', Brasília se coloca entre os grandes do continente

Fábio Balassiano

11/12/2015 01h45

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Bom, então é isso. Brasília não jogou bem, o San Martin, em casa (Corrientes, Argentina), tampouco, e no final das contas o jogo 2 da final da Liga Sul-Americana ficou mesmo para ser decidido na última bola. E tal qual aconteceu no primeiro duelo o técnico José Carlos Vidal armou a jogada para Guilherme Giovannoni. Inteligente, o camisa 12 viu que o jovem Deryk (entrevistado por este blogueiro lá atrás, em 2011) livre nos três pontos e veja o vídeo a partir de 01:16…

bsb2Foi isso mesmo que aconteceu. O jovem armador Deryk Ramos (21 anos) matou duas bolas nos segundos finais dos dois jogos da final da Liga Sul-Americana (foi naturalmente eleito o MVP). Com a maiúscula vitória por 82-79 Brasília fechou a série em 2-0, conquistou o terceiro troféu da competição, igualando-se ao Atenas (Argentina) como o maior campeão do torneio, e ajudou a manter a incrível hegemonia continental para o Brasil nos últimos. Já são seis canecos seguidos, sendo três da Liga Sul-Americana (Brasília em 2013, Bauru em 2014 e Brasília em 2015) e três da Liga das Américas (Pinheiros em 2013, Flamengo em 2014 e Bauru em 2015).

bsb8Por isso tudo vale mesmo falar de Brasília, que é uma verdadeira máquina de títulos (vide figura ao lado) no continente. Contando apenas o período compreendido desde a criação do NBB já são três títulos nacionais (2010, 2011 e 2012), um da Liga das Américas (2009) e os três Sul-Americanos (2010, 2013 e 2015). Não custa, também, lembrar dos vice-campeonatos do NBB em 2009, das finais da Liga das Américas em 2012 e 2013 e do vice-campeonato da Sul-Americana em 2013. Ou seja: entra ano, sai ano, e os brasilienses vão fundo nas principais competições das Américas.

bsb1É, sem dúvida alguma, um "currículo" e tanto para os candangos, que tiveram em todos estes últimos anos o ala Guilherme Giovannoni comandando o elenco e José Carlos Vidal ou como treinador (agora) ou como supervisor (nos anos de Lula Ferreira na capital federal).

Sobre o camisa 12. Antes com Alex Garcia, Arthur, Márcio e Nezinho a seu lado, agora ele, além de Arthur (o outro remanescente das antigas conquistas), tem um time totalmente remodelado (com Ronald, Pilar, Diego, Jefferson Campos, Fúlvio, Cipolini, Coimbra) ao redor. Guilherme, ala de técnica refinada e novamente em ótimo estado físico, é a válvula de escape de um grupo que ainda está em formação. Dá segurança aos mais jovens e vira e mexe chama a responsabilidade para decidir as partidas (como aconteceu nas fases anteriores da Sul-Americana). Se Deryk foi o herói com seus tiros, Giovannoni, ainda um dos melhores atletas em atividade no país, é o símbolo dessa conquista brasiliense.

ronald1Sinceros parabéns a Brasília, que se consolida como uma das grandes forças das Américas. É uma equipe com ótimo orçamento, que conseguiu montar um elenco bem sólido e balanceado para esta temporada (são 10/11 jogadores que podem entrar e dar conta do recado), que tem conseguido rodar as peças para chegar muito bem aos finais dos jogos e que conta com uma torcida que empurra o time seja na Asceb, seja no Nilson Nelson. A Máquina de Títulos das Américas colocou mais um troféu na estante. Agora é aguardar pelos próximos, que certamente virão.

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