Sem jogar bem, seleção feminina segue invicta na Copa América
Não tem sido fácil ver os jogos da seleção feminina na Copa América de Edmonton, no Canadá. O horário não ajuda (partidas às 23h45), os adversários são fraquíssimos, os duelos não têm emoção e (o pior de tudo) o Brasil não tem jogado absolutamente nada (e é só ver as declarações do técnico Zanon no site da CBB para constatar isso).
Independente disso tudo (e não é pouca coisa, obviamente), as vitórias têm vindo (e a classificação para a semifinal já está garantida). Na abertura, 86-71 contra a Venezuela. Na terça-feira, 83-44 contra a República Dominicana. Ontem à noite, 72-58 contra o tenebroso time das Ilhas Virgens (apenas 14 pontos de diferença, algo totalmente inimaginável 5, 10 anos atrás, quando esta margem era atingida em cinco minutos de jogo contra um adversário de tão pouca qualidade). Os de sempre irão comemorar a invencibilidade, mas olhar apenas para os resultados não é o melhor (e nem o mais honesto) a se fazer.
O triunfo desta quarta-feira chama a atenção pela quantidade de erros (19, 8 a mais que o rival), pelos 42% na conversão dos tiros de quadra e pela pontaria terrível nas bolas de fora (30,2%). Quer outro indício de como tem sido difícil ver essa seleção feminina jogar? Ao todo na Copa América foram 55 assistências em três jogos, mas ao mesmo tempo 59 desperdícios de bola. Ou seja: a equipe perde mais ataques do que passa para converter arremessos. Sintomático do pobre nível técnico, não?
O Brasil enfrenta hoje a Argentina (23h45) em partida que vale o primeiro lugar na chave B. Quem ganhar enfrenta o perdedor de Canadá ou Cuba, que medem forças às 21h30, na semifinal de sábado. Mais do que os números em si, a evolução que se esperava do time de Zanon infelizmente não tem sido vista. Se não dava para esperar um esquadrão (seria injusto isso), desejava-se um mínimo de organização, de padrão de jogo e apreço aos fundamentos básicos do jogo. Algo que infelizmente não conseguimos ver do time feminino há muito tempo.
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