Seleção Feminina Sub-16 encerra jejum de 12 anos sem vitória contra os EUA
Anotem este dia: 27 de junho de 2015. É, desde já, uma data histórica. Na cidade de Puebla, México, a seleção brasileira feminina Sub-16 fez uma partida esplêndida, quase perfeita, e bateu os Estados Unidos por 72-63 para se classificar para a final da Copa América neste domingo. Enfrentará o Canadá às 22h e poderá conquistar o inédito título da competição (o site da Fiba Américas exibe a partida).
A vitória de ontem foi a primeira contra os Estados Unidos, que demonstrou respeito imenso pelo feito em seu site oficial, em 12 anos nas divisões de base (e até agora a única derrota dos EUA em Copa América Sub-16, aliás). A última vez que o Brasil havia batido o fortíssimo rival foi no Mundial Sub-21 de 2003 na Croácia, quando a equipe comandada por Paulo Bassul fez 73-60 contra uma equipe que contava com Seimone Augustus, Cappie Pondexter e Lindsay Whalen, estrelas que hoje brilham na WNBA.
Para chegar ao triunfo neste sábado o Brasil fez uma defesa espetacular desde o início. E foi premiado por isso. Sufocou as norte-americanas, forçou erros (16), evitou que as bolas longas caíssem (3/13) e conseguiu abrir boa vantagem (a maior foi de 22). Foi para o intervalo com confortáveis 45-27 e teve cabeça fria e inteligência para segurar os EUA no segundo tempo. Com 24 pontos, 7 rebotes, 5 assistências e 3 roubos a ala Izabela Nicoletti foi a melhor em quadra, mas também esteve muito bem a pivô Obalunanma Beatriz de Angelo, autora de 20 pontos e 12 rebotes.
Quero, por fim, deixar um parabéns especial a esta excepcional treinadora chamada Anne de Freitas Sabatini (foto). Quem conhece um pouco de basquete feminino sabe o tamanho do talento dela. Uma das responsáveis pelo agora quase extinto projeto de base de Americana (que pena!), ela é uma das mais meticulosas e capacitadas formadoras deste país. Dirigindo sempre conseguiu montar bons times e desenvolver suas atletas (algumas que estão na seleção adulta hoje passaram pelas suas mãos aliás). Seu sucesso, portanto, não é obra do acaso.
Ontem antes do jogo cheguei a comentar com ela da dificuldade do duelo contra as norte-americanas e ela só repetia um "vamos brigar até o final". Repetia como um mantra. Foi premiada não "apenas" pela vontade de querer vencer, mas por preparar muito bem a equipe para um duelo que seria muito difícil (equipe que não conta com três jogadoras que se lesionaram durante a competição, diga-se). Certamente Anne comemorou rapidamente no sábado e já está focada para a decisão de logo mais.
Aconteça o que acontecer logo mais contra o Canadá estas meninas e a comissão técnica do Brasil já estão de parabéns. Falemos depois sobre o futuro destas meninas nas mãos desta terrível Confederação. O momento, agora, ao menos por agora, é de se comemorar. Vencer os EUA em qualquer categoria não é comum. Ter feito da maneira como fez neste sábado (jogando melhor os 40 minutos e causando pane no rival a partida inteira), ainda mais raro. Se a campanha for coroada com título, melhor ainda.
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