Com o título da NBA, a mais bela página da carreira de Leandrinho
A noite de 16 de junho de 2015 não será esquecida pelos jogadores do Golden State Warriors. Todos conquistando o título da NBA pela primeira vez. Nenhum com tanta "estrada" na maior liga de basquete do planeta quanto Leandrinho.
Cheguei a escrever um pouco sobre a trajetória de superação do brasileiro antes da final da NBA (mais aqui), mas não custa nada lembrar que o cara que abocanhou o segundo troféu da liga para o Brasil está em sua 12ª temporada (a maior experiência de um grupo de garotos), que operou o joelho em fevereiro de 2013 e que assinou dois contratos temporários com o Phoenix Suns no meio da temporada passada. Isso tudo, lembremos, com uma passagem de 8 jogos pelo Pinheiros no final de 2014 para recuperar a forma física.
A história da carreira (e da vida de um modo mais amplo) de Leandrinho foi coroada na terça-feira com um troféu conquistado com muita luta. Reserva dos dois melhores jogadores de um timaço (Steph Curry e Klay Thompson), ele teve que lutar por cada minuto de quadra contra Shaun Livingston e foi ganhando a confiança do técnico Steve Kerr aos poucos. Nos playoffs, viveu ótimos momentos contra o Houston Rockets marcando o candidato a MVP James Harden, mas o melhor mesmo viria no jogo 5 contra o Cleveland na final. Foram 13 pontos e o ginásio inteiro a aplaudir a sua atuação. Veja só.
Dá pra entender bem a emoção de Leandrinho nas entrevistas pós-jogo em Cleveland, né? Qualquer ser humano que tenha passado pelo que ele passou se sentiria nas nuvens, fora do controle. É uma sensação diferente para qualquer um. Pelo que ele passou e pela incerteza sobre seu futuro (seu contrato fora apenas para esta temporada), ainda mais, vamos combinar.
De carta fora do baralho na melhor liga de basquete deste planeta, o ala-armador de 32 anos tornou-se o primeiro jogador a conquistar um nacional do Brasil (por Bauru em 2002) e um título da NBA e o primeiro a ter atuado pelo NBB e por um time campeão da NBA, escrevendo, assim, a mais bela página de sua vida profissional.
Nada é garantido nessa vida, mas valorizado pelas últimas atuações no mata-mata e por ser ótimo de grupo é bem provável que Leandrinho volte aos Warriors para a próxima temporada ou encontre espaço em outra franquia. Seria outro prêmio pelo seu esforço, mas independente do que aconteça, seu lugar já está na história do basquete brasileiro.
Que o país valorize esta conquista, colocando-o no patamar que ele merece. Ninguém joga 12 anos na NBA sem ter muito merecimento. É o caso de Leandrinho.
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