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Bala na Cesta

Após playoff morno, NBA vê final com Warriors, de Curry, e Cavs, de LeBron

Fábio Balassiano

28/05/2015 09h02

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Não está sendo um playoff maravilhoso na NBA. A verdade é essa. Alguns jogos (principalmente os do Leste) são bem medianos (para ser educado) e na real mesmo houve apenas duas séries excelentes até o momento (entre Spurs e Clippers e Rockets e Clippers – esta mais pela virada do Houston após perder por 3-1 do que pelo lado técnico da coisa). Dos 14 duelos, apenas dois 4-3 (Clippers no Spurs e Rockets no Clippers), quatro varridas (4-0), três vezes 4-1 e cinco casos de 4-2. Comparada a loucura da temporada passada quando tivemos cinco 4-3 e uma varrida, não resta dúvida que o mata-mata deste ano, ao menos no quesito emoção, tem deixado a desejar.

doisMas a final está aí com Golden State Warriors (bateu o Houston ontem por 104-90 e fechou o duelo em 4-1 em uma noite que o barba James Harden, autor de 13 erros, recorde em playoff, e 2-11 nos arremessos, não vai querer lembrar tão cedo) e Cleveland Cavs que começa na próxima quinta-feira e que pode mudar um pouco do cenário até então apresentado (calendário completo aqui).

vareja1São os dois melhores times de suas conferências, com dois craques absurdos (Steph Curry, o MVP da temporada, pelos Warriors, e LeBron James, o melhor jogador do planeta, pelos Cavs) e sedento por um título que mudará a história da franquia. Sem falar, claro, na presença de dois brasileiros na final (Leandrinho de um lado e Anderson Varejão do outro), o que fará com que o país tenha um campeão da melhor liga de basquete do planeta pelo segundo ano consecutivo (Tiago Splitter levantou o caneco com o San Antonio Spurs em 2014). Isso tudo será analisado no blog nos próximos dias, mas já dá pra antecipar muita coisa.

kerr1Pelo lado do Warriors, a euforia é muito grande. A equipe retorna a uma final de NBA depois de 40 anos (em 1975 foi campeã) com um elenco muito jovem, extremamente talentoso e versátil, com uma torcida em polvorosa e comandada por um técnico estreante. Steve Kerr pegou logo de cara um ótimo elenco, é verdade, mas transformou um time que apenas chutava muito bem (e muito) em uma equipe muito perigosa nos dois lados da quadra e com opções de pontuação também perto da cesta. Sua maior tacada foi ter colocado Draymond Green entre os titulares, deixando David Lee, o maior salário do time, no banco de reservas. Green é mais agressivo perto da cesta, defende muito bem e ainda consegue marcar atletas de todas as posições (o cara é realmente um dínamo). Não é coincidência que a turma de Oakland chegue a final da NBA tendo perdido apenas três jogos nestes playoffs (e no Oeste, é bom lembrar) e vencido três atletas do time ideal da temporada em sequência (Anthony Davis, do Pelicans, na primeira rodada, Marc Gasol, do Grizzlies, na segunda, e James Harden, do Rockets, na terceira). O último que falta do quinteto é LeBron James, rival da final.

blatt1Do outro lado está o Cleveland Cavs, que faz a sua segunda final da história da franquia (na primeira, em 2007, foi varrido pelo San Antonio Spurs) em uma campanha que pode colocar LeBron James em outro patamar. Há o mérito do também estreante David Blatt à beira da quadra (principalmente na defesa deste playoff), mas obviamente o motivo pelo qual os Cavs estão nesta final atende mesmo pelo nome de LeBron. Melhor jogador do planeta, ele estará em sua quinta final de NBA seguida (junto com, vá lá, seu escudeiro James Jones, igualando um feito conseguido apenas por cinco jogadores do Boston Celtics na década de 60) e perto de conseguir algo que disse que era seu objetivo nesta volta a Ohio – dar um título para a cidade. Caso ele consiga isso, e principalmente da maneira como tem sido (sem Kyrie Irving em boa parte dos jogos e Kevin Love e Anderson Varejão em todos do mata-mata), realmente será um feito incrível (e dá pra imaginar o tamanho do que isso representará em popularidade).

dois3Estou curioso para saber como serão os ajustes dos dois técnicos para deter Curry e Klay Thompson de um lado e LeBron James e Kyrie Irving do outro, mas há tempo para falar sobre isso tudo. No momento, vale a expectativa para que a decisão comece logo. E você, o que está esperando dessa final? Já arrisca algum palpite? Comente!

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